- As primeiras vendas de Glybera na Europa devem começar em meados de 2013 — anunciou o chefe executivo da uniQure, Joern Aldag, que informou que a companhia ainda está em busca de aprovação da droga também para América do Norte.
Há 20 anos a empresa vem desenvolvendo a fórmula, que enfrentou uma série de experimentos malsucedidos. Agora, a farmacêutica estuda a estratégia de venda, que poderá ser feita em pagamentos anuais de 250 mil euros por um período de cinco anos.
A aprovação foi recebida com entusiasmo por especialistas, que a apontaram como um marco para as tecnologias médicas. Mas ela também abre caminho para a discussão sobre o processo controverso de modificação do DNA do indivíduo. Isso porque a terapia genética tem como base a substituição de genes do paciente por outros modificados laboratorialmente, visando o combate a doenças congênitas. Aldag defendeu a conquista da empresa holandesa com vistas às novas pesquisas.
- Acreditamos que a aprovação da terapia genética da Glybera será o início de um período de rápido crescimento, parecido com o desenvolvimento do comércio do antibiótico na última década — afirmou.
Longo caminho até o sucesso
Os estudos sobre terapias genéticas surgiram nos anos 1970, mas enfrentaram vários insucessos neste período. Eles se fortaleceram somente na década de 1990, com resultados positivos dos primeiros testes clínicos contra uma doença chamada Imunodeficiência Severa Combinada (SCID). Em 2003, a China aprovou a terapia genética em seu país.
Hoje, no Ocidente, muitos laboratórios analisam as possibilidades da terapia genética. O uniQure, por exemplo, também estuda o comportamento dos genes da hemofilia e da doença de Parkinson. Até agora, no entanto, os sucessos das terapias foram limitados a desordens causadas por um único gene, ao contrário da maioria das doenças, que são mais complexas e relacionadas a um grande número de genes. Fonte: Globo G1.
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