Assim como outros exercícios, o pilates pode melhorar a marcha, o equilíbrio, a força e a flexibilidade das pessoas com Parkinson (Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem) |
Comumente identificada pelo
tremor das mãos, a doença de Parkinson é multifacetada: tem características que
vão além dos distúrbios motores (rigidez muscular, dificuldade para iniciar
movimentos, marcha lenta e instabilidade postural). Por isso, neste dia em que
o mundo volta as atenções para a enfermidade que acomete cerca de 200 mil
brasileiros, vale informar que pessoas com Parkinson estão sujeitas a
desenvolver sintomas depressivos, distúrbios do sono, problemas de fala e
respiração, transtornos de deglutição e até alterações no olfato.
Um detalhe importante é que,
apesar de incurável, a doença é passível de controle. Os pacientes contam com
tratamento medicamentoso e cirúrgico, mas que tende a ser pouco eficaz em quem
é sedentário. O neurologista Márcio Andrade, do Ambulatório de Parkinson do
Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no Recife, explica o motivo: “É
proibido as pessoas com Parkinson ficarem paradas porque o objetivo da doença é
paralisá-las”. Então, atividade física é ouro de lei – ou seja, deve ser
absorvida como uma terapêutica de valor inestimável.
O médico reforça que, quanto
mais o paciente se mantém ativo, melhor. Treinar a marcha e o equilíbrio
através da fisioterapia, por exemplo, é importante. “Além disso, recomendamos
que as pessoas com Parkinson recorram a fonoterapia e a exercícios de terapia
ocupacional”, acrescenta Márcio Andrade.
O artigo Doença de
Parkinson: alterações funcionais e potencial aplicação do método pilates,
publicado no periódico da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
(SBGG), ressalta que o pilates, por exemplo, evita o agravamento de uma série
de sintomas que dificulta a vida dos pacientes com Parkinson. Além disso, as
autoras do estudo mostram que a prática pode manter a independência funcional
da pessoa que vive com a doença.
Benefícios dos exercícios supervisionados por um
profissional
-
Melhora da marcha e do equilíbrio
– Aumento da força e da flexibilidade
– Melhora do condicionamento aeróbico
– Aumento da força e da flexibilidade
– Melhora do condicionamento aeróbico
Sintomas da doença
– Prisão
de ventre
- Perda
de olfato
– Distúrbios do sono
– Distúrbios do sono
- Lentidão
de movimentos
– Agitação ou tremor em repouso
– Rigidez dos braços, pernas ou tronco.
– Suor excessivo, especialmente nas mãos e pés
– Agitação ou tremor em repouso
– Rigidez dos braços, pernas ou tronco.
– Suor excessivo, especialmente nas mãos e pés
–
Transtorno do humor (depressão, ansiedade, irritabilidade)
– Problemas com o equilíbrio e quedas, também chamado de instabilidade postural
– Problemas com o equilíbrio e quedas, também chamado de instabilidade postural
–
Alterações cognitivas (problemas de memória, alterações de personalidade,
psicose e alucinações)
Percepção
O neurologista Igor Bruscky, do
Hospital Esperança Recife, ressalta que a maioria dos pacientes não percebe o
início a doença. “Os parentes mais próximos é que costumam notar a dificuldade
em executar tarefas simples, como segurar um objeto ou manter a coordenação
motora”, explica o médico.
A eficácia do tratamento, que
consiste em controlar os sintomas, é maior quando a doença é diagnosticada no
início. “O principal objetivo da conduta terapêutica é proporcionar qualidade
de vida ao paciente. Cada caso é avaliado cuidadosamente, para que se aplique o
melhor tratamento”, finaliza o neurologista.
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