A doença de Parkinson caracteriza-se, na análise
anátomo-patológica, por uma perda de coloração da “substantia nigra”, uma área
do tronco cerebral onde se localizam células responsáveis pela produção de
dopamina, muito ricas num pigmento chamado neuromelanina, desempenhando um
papel muito importante no controlo da motricidade.
O trabalho de uma equipa de
investigadores do Instituto de Medicina Moelcuar (IMM), liderada por Joaquim
Ferreira, demonstraram que a utilização de novos estudos de ressonância
magnética permitem diagnosticar a doença de Parkinson, através da identificação
da designada “substantia nigra”.
Trata-se de um “avanço significativo
para a deteção desta doença crónica com uma prevalência estimada em cerca de 18
mil indivíduos”, salienta o Instituto de Medicina Molecular (IMM). “Os estudos
de ressonância magnética, através da análise da neuromelanina, podem auxiliar o
diagnóstico da doença de Parkinson, devendo ser integrados na avaliação clínica
dos doentes por neurologistas especialistas na área das doenças do movimento”,
explica o IMM.
Os investigadores defendem que estes
exames de imagem podem responder a dúvidas relativas ao diagnóstico da doença
de Parkinson ou à sua diferenciação relativamente a outras situações clínicas.
“O diagnóstico precoce da doença de Parkinson permite orientar a terapêutica,
selecionando um plano adequado para otimizar os recursos farmacológicos
disponíveis e permitindo a definição do prognóstico, com marcadas implicações
pessoais e familiares”, defende o instituto.
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