Voltei hoje a ler o depoimento de Luciana sobre o caso de sua m�e (dela) e fiquei deveras impressionado. H� tres semanas venho reduzindo as doses de Prolopa e atualmente estou tomando apenas uma capsula de HBS 100 ao dia. Entrei em acordo sobre isso com meu m�dico. Cheguei a tomar 600 mg ao dia. Ele me disse o seguinte: "vejo como um bom sinal voce conviver com uma certa manifesta�ao do tremor. O medicamento que temos usado destina-se apenas a atacar o sintoma. Eles nao s�o medidas terapeuticas." Ou seja, a hip�tese � de que com ou sem medica�ao o PD segue sua evolu�ao inexoravel que varia no tempo e nos sintomas segundo cada paciente. Se voce consegue conviver com os sintomas (no meu caso o tremor) tudo bem, dispense o remedio ou use-o apenas quando necess�rio. Quanto aos efeitos colaterais, h� indica��o de que a Prolopa n�o tem os efeitos nefastos que alguns propalaram. De qualquer maneira, fica a pergunta: vale a pena arriscar?
From: marotz2001
Date: Wed Mar 6, 2002 7:45 pm
Subject: Medica��o
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Com rela��o a medica��o tenho a relatar o
seguinte: atualmente minha m�e consegue se manter sem
qualquer medica��o anti-pk. Embora j� tenha passado por
muitos deles sem qualquer melhora substancial. J� foi
tentado, nos �ltimos 05 anos, tratamento com: Seleginina,
Sifrol, Mantidam, Contam, Akineton, Cronomet (libera��o
lenta) e outros. O �nico que teve resposta efetiva foi o
Sinemet (Levodopa / Carbipoda).
Os m�dicos n�o
souberam explicar porque n�o houve boa resposta ao
tratamento com as drogas anti-pk, apesar de apresentar os
sintomas da doen�a: rigidez, postura curvada, lentid�o,
dificuldades na marcha. Tiveram d�vidas quanto ao diagn�stico,
mas conclu�ram que fosse parkinsonismo.
Nos
primeiros anos ela tinha uma vida normal, mas quanto a
levodopa dominou seu corpo, ela n�o era capaz de fazer
mais nada sem a droga. Ao come�armos a Terapia de
Recupera��o do Pk, ela tomava 1 e � Sinemet ao dia, dividido
em pequenas por��es min�sculas do comprimido, e sua
rotina era assim: para tomar banho precisava de uma
por��o do estimulante, para uma caminhada mais uma
por��o, para se alimentar mais uma, para continuar
trabalhando mais uma, para sair da cama no outro dia mais
uma. Isto � viver? Isto � uma escravid�o, � um v�cio
f�sico e psicol�gico, porque a pessoa luta para ficar
bem, para se sentir normal e est� cada vez afundando
mais... ent�o o m�dico quis que ela tomasse
antidepressivo para a tristeza de uma viv�ncia dependente. �Ok,
a Senhora deveria agradecer de ter uma neuropatia
altamente trat�vel, por favor, tente levar uma vida normal�
� que piada � esta?
Em +/- 02 anos os
efeitos colaterais, de leves, passaram a grotescos:
movimentos coreatet�ides incontrol�veis, n�useas, v�mitos,
mudan�as de personalidade, etc.
Eu n�o sei explicar
porque hoje ela consegue se manter sem medica��o. Claro
que ela n�o est� normal fisicamente, mas internamente
existe uma diferen�a, ela � capaz de se sentir melhor,
apesar das dores, da fraqueza e espasmos (novos
sintomas). Hoje ela diz: �Eu me sinto gente, eu me sinto
viva, n�o sou mais um maldito zumbi dependente de
drogas.� Isto n�o foi nada f�cil, houve per�odos muito
cr�ticos devido as retiradas, e certamente esta fase ainda
n�o acabou.
Eu realmente, tamb�m n�o sei, se
isto � um caminho � �cura�, o fator psicol�gico
influ�ncia muito em qualquer doen�a, e as melhoras f�sicas
que obtemos s�o sempre oscilantes entre dias bons e
ruins (o que tamb�m pode ser caracter�stico da pr�pria
doen�a de pk).
Como praticante de FSR eu posso
garantir que senti, durante os tratamentos, muitas
libera��es dentro de v�rias partes do corpo da minha m�e, e
uma grande libera��o em determinada parte do p�
esquerdo (o lado inicialmente afetado). Acredito que foi
uma resposta real ao tratamento.
Abra�os,
Luciana
Este Blog, criado em set/2001, é dedicado às Pessoas com Parkinson (PcP's), seus familiares, bem como aos profissionais da saúde que vivenciam a situação de stress que acompanha a doença. A idéia é oferecer aos participantes um meio de atualizar e de trocar informações sobre a doença de Parkinson e encorajar as PcP's a expressar sentimentos no pressuposto de que o grupo infunde esperança, altruísmo e o aumento da auto-estima. E um alerta: Parkinson não é exclusividade de idosos!
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