Not�cia enviada por Em�lio Takasi em 9 de abril
C�lulas-tronco do pr�prio paciente ajudam a tratar Parkinson
Por Maggie Fox
WASHINGTON (Reuters) - Um transplante realizado com as pr�prias
c�lulas nervosas de um paciente com mal de Parkinson eliminou os
tremores e a rigidez muscular caracter�sticos da doen�a, informaram
pesquisadores na segunda-feira.
Os cientistas acreditam ter isolado e cultivado c�lulas-tronco adultas do
c�rebro do doente, que foram reimplantadas no paciente e restauraram o
funcionamento normal do organismo.
"Esse � o primeiro caso a demonstrar que uma t�cnica promissora pode
funcionar. � um procedimento experimental e deve ser mais bem
investigado antes de se tornar uma t�cnica aceita", explicou Michel
Levesque, chefe da equipe do Centro M�dico Cedars-Sinai, em Los
Angeles.
Mais de dois anos ap�s o tratamento experimental, o homem n�o
apresentava sintomas de Parkinson, doen�a fatal e incur�vel que come�a
com tremores e termina por incapacitar as v�timas. O dist�rbio surge com
a morte das c�lulas cerebrais respons�veis pela produ��o de dopamina,
importante neurotransmissor relacionado aos movimentos.
V�rias equipes de pesquisadores avaliam a possibilidade de regenerar
essas c�lulas cerebrais a partir de c�lulas-tronco, estruturas que d�o
origem a v�rios tipos diferentes de tecidos.
Algumas c�lulas-tronco s�o obtidas de embri�es em est�gio bastante
inicial de desenvolvimento, outras s�o retiradas de fetos abortados. Um
terceiro tipo pode ser encontrado nos tecidos do pr�prio paciente, mas
s�o dif�ceis de serem caracterizadas.
AUTOTRANSPLANTE
Segundo Levesque, o paciente � um engenheiro nuclear e piloto de avi�o
que desenvolveu Parkinson por volta dos 40 anos. Ele apresentava
tremores e rigidez muscular. As drogas usadas no tratamento, como
sempre, provocaram o abandono do trabalho.
A equipe perfurou o cr�nio do doente e removeu um peda�o do seu
c�rebro. "Retiramos uma pequena por��o de c�rtex que provavelmente
era menor que uma ervilha", disse Levesque. "Extra�mos c�lulas-tronco
neuronais ou precursores dessas c�lulas."
� dif�cil dizer se uma c�lula � c�lula-tronco. Apesar disso, os cientistas as
cultivaram em um meio especial, uma esp�cie de sopa nutritiva.
A equipe verificou se ao menos algumas c�lulas produziam dopamina e
depois as injetou no c�rebro do paciente, informaram os cientistas em um
encontro da Associa��o Americana de Cirurgi�es Neurol�gicos,
realizado em Chicago.
Tomografias do c�rebro do doente, que mostram o funcionamento do
�rg�o, verificaram que a dopamina era produzida e usada. "Em tr�s
meses, houve um aumento de 58 por cento", disse Levesque.
Atualmente, a produ��o de dopamina do paciente, medida pela
tomografia, voltou aos n�veis do primeiro tratamento. Esse resultado
confunde Levesque, pois os sintomas da doen�a n�o retornaram.
Para o especialista, � poss�vel que, ap�s o t�rmino da produ��o de
dopamina, haja uma pequena demora antes do surgimento de sintomas
de Parkinson. Outra hip�tese � que a tomografia n�o mostre tudo o que
ocorre.
Outras c�lulas tamb�m podem estar envolvidas no processo subjacente
ao Parkinson, disse o cientista. Existe ainda a possibilidade de que os
animais usados para estudar a doen�a n�o reproduzam de maneira
precisa a forma humana da enfermidade, e as pessoas podem reagir de
maneira diferente ao tratamento.
Embora a Fase I de seguran�a do estudo tenha sido feita com um �nico
paciente, Levesque informou que a Food and Drug Administration
(FDA), ag�ncia norte-americana para controle de drogas e alimentos,
permitiu que a equipe comece os testes de Fase II, que incluir�o mais
pacientes, exames de seguran�a da terapia e avalia��o da efetividade do
tratamento.
Levesque e colaboradores criaram a empresa Neurogeneration para
desenvolver a t�cnica. A companhia foi comprada pela CelMed
Bioscience da Calif�rnia, subsidi�ria da Theratechnologies, do Canad�.
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