quarta-feira, 3 de abril de 2002

Drogas podem ajudar a tratar doen�a de Parkinson

Por Michael Conlon

CHICAGO (Reuters) - Por meio de exames de imagem cerebral em pacientes com mal de Parkinson, cientistas descobriram
que dois medicamentos amplamente utilizados contra a doen�a agem de formas distintas. Isso pode ajudar a encontrar uma
forma de atacar a origem do problema, em vez de apenas seus sintomas, segundo um estudo publicado na ter�a-feira.

As drogas envolvidas no estudo foram pramipexol e levodopa, ambas conhecidas por aliviar os sintomas da doen�a.

O mal de Parkinson � um dist�rbio incur�vel e debilitante, que se caracteriza pela degenera��o das c�lulas nervosas cerebrais.
Nos Estados Unidos, � a segunda doen�a a afetar o maior n�mero de pessoas, perdendo apenas para Alzheimer.

Os exames realizados durante um per�odo de quatro anos em 82 pacientes norte-americanos demonstraram que aqueles que
tinham come�ado o tratamento com pramipexol mostraram menos sinais de degenera��o neuronal do que os que tinham
recebido levodopa desde o in�cio.

O principal autor do estudo, Kenneth Marek, do Instituto para Dist�rbios Neurodegenerativos, em New Haven, disse que
mais pesquisas s�o necess�rias e que os resultados n�o significam que os pacientes devam mudar a medica��o.

"Enquanto se debate o tratamento para o est�gio inicial do mal de Parkinson -- e todo tratamento deve ser individualizado --,
este estudo agrega novas e importantes informa��es ao crescente conhecimento existente sobre o assunto", disse ele. A
maioria dos tratamentos utilizados hoje em dia envolve as duas drogas.

O pramipexol � vendido mundialmente com os nomes comerciais de Mirapex, Mirapexin e Sifrol. A levodopa, tamb�m
conhecida como L-dopa, geralmente � vendida em combina��o com a carbidopa sob o nome comercial de Sinemet, da
Bristol-Myers Squibb.

A efic�cia da levodopa vai diminuindo com o tempo de uso. Por outro lado, pacientes que tomam pramipexol relataram ter
ca�do no sono repentinamente, inclusive enquanto dirigiam -- apesar dos defensores da droga alegarem que eles devem ter
ignorados sinais de alerta.

Marek afirmou que o estudo, publicado na edi��o desta semana do Journal of the American Medical Association, � um marco,
pois analisa a progress�o da doen�a.

A pesquisa foi financiada parcialmente pela Pharmacia Corp, em Peapack, e Boehringer Ingelheim Pharma, em Ingelheim. Os
dois laborat�rios desenvolveram o pramipexol. Mas a Associa��o M�dica Americana afirmou que nenhum dos pesquisadores
tem nenhuma rela��o financeira particular com os patrocinadores.

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