-----Mensagem Original-----
De: CAAL - Administra��o
Enviado: ter�a-feira, 10 de setembro de 2002 17:31
Para: Marcilio Dias dos Santos; Hugo Engel Gutterres; Cl�udia Streva; gibi.angela; Jo�o Pedro
Assunto: Estudo questiona valor das c�lulas-tronco para a medicina regenerativa
Estudo questiona valor das c�lulas-tronco para a medicina regenerativa
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10 de setembro, 2002
�s 6:57 AM hora de Bras�lia (0957 GMT)
WASHINGTON -- Um estudo realizado na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, levantou d�vidas sobre o real valor das c�lulas-tronco para o tratamento de doen�as. Na pesquisa, as c�lulas-tronco adultas foram incapazes de se transformar em outros tipos de tecido celular.
A descoberta ap�ia a teoria de que as c�lulas-tronco embrion�rias, e n�o as adultas, s�o as mais promissoras para o tratamento de condi��es como doen�as card�acas, les�es da medula, diabetes e mal de Parkinson, segundo alguns pesquisadores.
Mas a tese causa pol�mica, j� que muitos, inclusive o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, se op�em ao uso de c�lulas-tronco de embri�es humanos em pesquisas m�dicas porque o procedimento envolve a morte de um embri�o.
Os pesquisadores de Stanford tentaram rastrear a evolu��o das c�lulas-tronco do sangue depois de coloc�-las isoladamente em ratos cuja medula foi destru�da.
A esperan�a era o estudo pudesse mostrar como uma �nica c�lula produtora de sangue podia crescer junto a milh�es de outras c�lulas, incluindo, talvez, c�lulas de outros tecidos do corpo.
Mas, em vez disso, segundo Amy J. Wagers, principal autora do estudo - publicado na revista cient�fica Science -, o grupo descobriu que as c�lulas-tronco do sangue preencheram a medula �ssea, mas n�o geraram praticamente nenhum outro tipo de tecido celular.
De acordo com a cientista, o estudo sugere que as c�lulas-tronco do sangue produzem apenas uma coisa, sangue.
Seria "um acontecimento extremamente raro" se elas criassem pele, neur�nios, m�sculo ou c�lulas do f�gado. Esse material, mesmo assim, provavelmente n�o seria �til no tratamento de doen�as, disse ainda a pesquisadora.
"S� conseguimos obter um neur�nio de milh�es de c�lulas. Com o f�gado, a freq��ncia foi de apenas um em 70 mil. Isso pode acontecer, mas n�o � vigoroso", acrescentou.
A pesquisa � parte de um novo campo de estudo direcionado � medicina regenerativa, que poderia curar ou controlar doen�as substituindo c�lulas defeituosas ou desgastadas por novas c�lulas geradas a partir de c�lulas-tronco.
Especialistas acreditam que as c�lulas-tronco podem finalmente ser cultivadas no novo tecido que seria usado para substituir ou corrigir �rg�os doentes.
Pesquisadores em muitos laborat�rios est�o estudando dois tipos b�sicos de c�lulas-tronco. As som�ticas, ou adultas, s�o provenientes de tecidos maduros. As embrion�rias prov�m de embri�es que tiveram permiss�o para crescer at� um certo ponto e depois foram mortos para ter as c�lulas extra�das.
Controle sobre uso de verbas p�blicas
O Governo Bush estabeleceu diretrizes estritas para controlar o uso de dinheiro p�blico em pesquisas com c�lulas-tronco embrion�rias.
Ao mesmo tempo, n�o foram impostas as mesmas restri��es aos estudos com as c�lulas-tronco adultas. Algumas autoridades argumentaram que os estudos com as c�lulas-tronco embrion�rias n�o s�o necess�rios devido � crescente evid�ncia que as adultas, quando adequadamente cultivadas, podem crescer em outros tecidos celulares para fins de tratamento m�dico.
Mas o trabalho dos cientistas da Universidade de Stanford, entre outros, sugere que as c�lulas-tronco adultas oferecem apenas uma promessa incerta de um dia poderem ser usadas com esse objetivo.
"O que nosso estudo mostra � que a maior parte da produ��o de c�lulas reprodutivas de m�ltiplos tecidos a partir de uma �nica c�lula prov�m das c�lulas-tronco embrion�rias e n�o das c�lulas-tronco adultas do sangue", disse a Dra. Wagers.
Outros pesquisadores que trabalham com c�lulas-tronco, no entanto, dizem que a quest�o est� longe de ser decidida.
O Dr. Dennis A. Steindler, pesquisador de c�lulas-tronco da Universidade da Fl�rida, disse que ainda n�o foi decidido que tipo de c�lula-tronco ser� mais �til do ponto de vista m�dico.
"H� ainda muito a aprender sobre o poss�vel uso de c�lulas-tronco adultas para fins terap�uticos. O campo da medicina regenerativa est� apenas come�ando. N�s temos que fazer muitas experi�ncias para entender de que forma as c�lulas-tronco podem ser usadas para curar doen�as humanas", declarou.
O Dr. Steindler afirmou que muitos especialistas acreditam que tanto a pesquisa com as c�lulas-tronco adultas quanto com as embrion�rias deve continuar intensamente porque � poss�vel que ambos os tipos possam finalmente encontrar seu lugar na medicina.
O Dr. Michael D. West, chefe da Advanced Cell Technology, em Worcester, Massachusetts, disse que o estudo de Stanford � parte de uma crescente conscientiza��o entre os pesquisadores de que "as c�lulas-tronco da medula �ssea n�o ser�o uma fonte pr�tica para muitos tipos de c�lulas necess�rios" ao tratamento de doen�as.
Mas a Dra. Catherine Verfaillie, diretora do Instituto de C�lulas-Tronco da Universidade de Minnesota, disse que seu laborat�rio fez crescer diversos tipos de tecidos celulares a partir de c�lulas-tronco da medula �ssea.
Ela afirmou que o estudo de Stanford usou um tipo diferente de c�lula-tronco de medula �ssea e o processo tamb�m diferentemente. Como resultado, ela disse que os dois estudos "realmente n�o podem ser comparados".
(Com informa��es da Associated Press)
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