sexta-feira, 8 de novembro de 2002

ESTUDO ENCONTRA RELA��O ENTRE ECSTASY E O MAL DE PARKINSON
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30 de setembro, 2002
7:40 AM hora de Bras�lia (1040 GMT)


WASHINGTON -- Um estudo com macacos realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, mostrou que o uso constante do ecstasy pode danificar importantes c�lulas cerebrais e levar ao desenvolvimento do mal de Parkinson. Os usu�rios dessa p�lula ilegal costumam tom�-la v�rias vezes ao longo de uma noite de festa.
Mas alguns pesquisadores disseram acreditar que o resultado do estudo com animais pode n�o ser adequadamente transferido para seres humanos, o que acabaria prejudicando outras pesquisas sobre o poss�vel uso terapeutico do ecstasy.
Um dos pesquisadores da Johns Hopkins, Dr. George Recaurte, deu tr�s inje��es de ecstasy em saguis e babu�nos, com intervalos de uma hora entre cada dose.
A droga, tamb�m conhecida como MDMA, foi aplicada na mesma quantidade que seus usu�rios costumam consumir nas festas.
O cientista disse que a droga causou danos aos neur�nios produtores de dopamina nos c�rebros dos animais.
O dano era ainda evidente de duas a seis semanas ap�s a experi�ncia, segundo o Dr. Recaurte, principal autor do estudo, publicado na revista Science.
Mas o especialista afirmou n�o ter ficado claro se os neuronios se regenerariam, o que seria um fator-chave para saber se o ecstasy pode causar o mal de Parkinson, um dist�rbio cerebral provocado pela perda permanente de neur�nios produtores de dopamina.
"N�s j� sabemos pela literatura m�dica que a dopamina cai com a idade. Um indiv�duo jovem que lesiona essas c�lulas de dopamina e esgota suas reservas pode correr grande risco de desenvolver o mal de Parkinson", disse o pesquisador.
Mas a Dra. Julia Holland, psiquiatra da Escola de Medicina da Universidade de Nova York, afirmou que estudos anteriores com humanos n�o conseguiram mostrar que o ecstsay causa danos permanentes aos neur�nios produtores de dopamina.
"'� um grande salto extrapolar o que ele est� vendo nesses primatas e o que se pode esperar ver na s�ndrome de Parkinson", disse a especialista, autora de um livro sobre os riscos do uso n�o-terap�utico do ecstasy.
J�... o Dr. Alan I. Leshner, ex-chefe do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas, disse, por�m que o estudo da Universidade Johns Hopkins mostra "que mesmo o uso ocasional do ecstasy pode levar a significativos danos aos sistemas cerebrais.
Stephen Kish, pesquisador da Universidade de Toronto e especialista em mal de Parkinson e em ecstasy, disse que analisou o c�rebro de um usu�rio da droga, morto h� dois anos, e n�o encontrou provas de danos aos neur�nios que produzem a dopamina.
"A descoberta de Recaurte realmente causa a preocupa��o de que o ecstasy possa prejudicar a produ��o de dopamina e potencialmente causar o mal de Parkinson", disse Kish.
Mas o cientista acrescentou que o atual estudo "pode n�o ser transferido para humanos"e n�o provou haver uma liga��o clara entre a droga e a doen�a neurol�gica.
No estudo, os animais receberam seis miligramas por cerca de cada quilo de peso. Um dos cinco macacos e um dos cinco babu�nos usados no estudo morreram logo depois de receber as doses.
Os c�rebros dos animais sobreviventes foram examinados com microsc�pios e quimicamente depois de duas a oito semanas.
"N�o houve um �nico animal que escapasse das les�es nas c�lulas de dopamina", enfatizou Recaurte.
O pesquisador disse que os danos n�o foram suficientes para causar os sintomas do mal de Parkinson, mas que existe uma "preocupa��o cl�nica" de que o repetido uso do ecstasy venha a diminuir a reserva natural de c�lulas cerebrais e leve � doen�a precocemente.
A Dra. Holland afirmou que o estudo com saguis e babu�nos n�o se relaciona � experi�ncia de humanos que fazem uso recreativo do ecstasy.
"A dose que ele deu matou 20 por cento dos animais imediatamente. Ficou claro que aqueles animais reagiram � droga diferentemente dos humanos porque um em cada cinco usu�rios de ecstasy n�o morre", rebateu a psiquiatra.
Al�m disso, segundo ela, o estudo foi feito com a droga em sua forma injet�vel, e a maior parte dos humanos consome comprimidos de ecstasy.
Segundo ela, existe muita implica��o pol�tica no estudo de Recaurte porque o governo norte-americano n�o estaria disposto a permitir pesquisas m�dicas com o ecstasy, embora o FDA org�o que regulamenta a produ��o, comercializa��o e uso de rem�dios e alimentos nos Estados Unidos j� tenha aprovado estudos com a droga.
(Com informa��es da Associated Press)http://explorer.msn.com.br/intl.asp#po


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