O tremor, a rigidez, a lentid�o de movimentos, a constipa��o e a dificuldade de dormir, entre in�meros outros, n�o s�o problemas suficientes. Depois de muitos neurologistas consultar, n�o descobri absolutamente quase nada mais al�m do que est� escrito nas bulas dos rem�dios. Exceto uma novidade: os tratamentos modernos postergam ao m�ximo a prescri��o de Levodopa.
Ao ler os manuais da Janice Walton-Hadlock (tratamento com Tui Na, que fa�o h� 21 meses) e como j� posto neste Blog in�meras vezes, est� claro que as drogas, particularmente o Levodopa, pode trazer mais preju�zos do que benef�cios.
Isto me levou a restringir ao m�ximo poss�vel a ingest�o de Levodopa. Os resultados s�o expl�citos, aumento do tremor, da rigidez, da lentid�o de movimentos, embora haja uma maior estabilidade emocional, mas esta ningu�m v�.
Como resultado desta parcial rejei��o ao Levodopa as pessoas do entorno passam a questionar a tua sanidade mental. Sugerem que o Parkinson esteja provocando dem�ncia, que todo mundo toma os rem�dios que todos os m�dicos receitam, que fulano, marido da sicrana toma rem�dio e nem parece que tem Parkinson, que o vizinho da tia da irm� da beltrana tem Parkinson h� 10 anos e nem parece ... S� tu n�o quer tomar rem�dio, isto faz parte da doen�a!
Acusado sutil, indireta e subliminarmente de dem�ncia e de incapaz de me auto-gerir, estou tendo que defender a mim e ao tratamento ao qual me submeto perante um psiquiatra indicado pela fam�lia (pais, irm�), em sess�es ora individuais, ora em grupo.
Lembro que tenho 46 anos, casado, engenheiro, em quase plena atividade profissional, pagando polpuda pens�o para ex-mulher e 2 filhos, dirigindo autom�vel e, acho, com pleno dom�nio de minhas capacidades mentais.
A press�o para tomar rem�dio que, como dizem as propagandas, melhoram sua qualidade de vida � enorme.
O tratamento Tui Na � acusado por todos os lados. Desde sem fundamento cient�fico, de charlatanismo, de experimental, de que a sugest�o de restri��o �s drogas � contrasenso, e por a� vai.
Dentre os argumentos de minha defesa, relativo � a��o do tratamento Tui Na, afirmo que minha degenera��o f�sica avassaladora nestes 21 meses, � um indicativo de que o tratamento funciona. Fui contestado com o argumento de que o Parkinson avan�a muito mais rapidamente em pessoas jovens, fora da faixa et�ria padr�o de apari��o da doen�a. Algu�m j� ouviu falar disso?
Outro argumento de minha defesa � o fato que nenhum dos 9 neurologistas consultados tem algo propor, exceto receitar mais rem�dio (conforme a bula), fazer palidotomia, implantar c�lulas de supra renal, colocar eletrodo marca-passo ... Tudo � medicina ocidental, patrocinada pelos laborat�rios e suas a��es em Wall Street, vendendo sa�de e cura m�gicos, instant�neos, milagrosos, materialistas, atrav�s de p�lulas, que s�o engolidas pela boca.
A medicina oriental tem mil�nios, n�o vende rem�dios, n�o � m�gica, a pressuposta cura vem de processos, de dentro pra fora, do trabalho, da fisioterapia. Diante do Parkinson, voto nela.
Tem muito, muito mais, o que d� para escrever um livro ... como por exemplo, ambos tirarem os sapatos e meias, para que eu olhe os p�s, a vasculariza��o de cada um, e fa�a um diagn�stico quanto � ser ou n�o portador de Parkinson. Obviamente uma ironia. Seguro firme, entro na brincadeira.
Em resumo: Que doencinha desgra�ada! Tu passas por cada uma! E tem que segurar a peteca no ar!
Mal parafraseando o meu amigo Marc�lio, no m�nimo quero estar inteiro e pronto, sem seq�elas das drogas nefastas, para quando descobrirem a cura, que a cada dia est� mais pr�xima. E afinal, que mal pode advir de uma massagem nos p�s?
Sa�de, �nimo e abra�o a todos. Hugo
Este Blog, criado em set/2001, é dedicado às Pessoas com Parkinson (PcP's), seus familiares, bem como aos profissionais da saúde que vivenciam a situação de stress que acompanha a doença. A idéia é oferecer aos participantes um meio de atualizar e de trocar informações sobre a doença de Parkinson e encorajar as PcP's a expressar sentimentos no pressuposto de que o grupo infunde esperança, altruísmo e o aumento da auto-estima. E um alerta: Parkinson não é exclusividade de idosos!
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