Opini�o de Istvan Kasznar, professor da Escola Brasileira de Administra��o P�blica da Funda��o Get�lio Vargas, in jbonline em 26/JAN/2003.
- Na era do projeto Genoma, em que se vai acabar com o Mal de Parkinson e dezenas de outras doen�as, a expectativa de vida vai chegar a 124 anos. Imagine quanto tempo vai durar uma aposentadoria. Expandir a idade m�dia da aposentadoria dos atuais 54 anos para 60 anos n�o ser� mais suficiente daqui a dez ou vinte anos. E como � muito complexo reformar a Previd�ncia, � preciso que as mudan�as atuais sejam corajosas e ousadas...
JOS� ASSAD, M�dico
Os avan�os nas �ltimas d�cadas superaram tudo em termos cient�ficos, tecnol�gicos e de costumes. A descoberta do DNA e seu mapeamento s�o dois marcos hist�ricos. Hoje, o conhecimento cient�fico envelhece rapidamente. Os progressos alcan�ados na gen�tica e na biologia molecular fazem antever conquistas que nem c�rebros com a imagina��o de Julio Verne seriam capazes de arriscar.
Embora c�tica, a comunidade cient�fica se assustou com os an�ncios de clonagem reprodutiva. Na realidade, o homem n�o � somente o somat�rio de seu genoma e de suas manifesta��es fenot�picas. � tamb�m sentimento, emo��o, passado, ambi��o e pensamento.
A posi��o contr�ria � clonagem reprodutiva � a regra. Um debate essencial se desenrola nos meios acad�micos. Diz respeito ao emprego de c�lulas-tronco embrion�rias, a clonagem terap�utica. A utiliza��o dessas c�lulas, capazes de transforma��es em v�rios tecidos do organismo, regenerando �rg�os anat�mica e funcionalmente, representa uma enorme esperan�a para milh�es de desalentados. Muitos milh�es de pacientes com diabetes, cardiopatias, doen�as neurol�gicas como Alzheimer, Parkinson, acidente vascular cerebral e traumatizado de medula espinhal, entre outros, poder�o ser muito beneficiados com o emprego terap�utico das c�lulas-tronco embrion�rias.
Quest�es de matiz �tico e moral desfilam na esteira da argumenta��o pr� e contra tal utiliza��o. Surgem diferen�as conceituais entre vida e potencial de vida. Para alguns, o embri�o j� � detentor de vida. � oportuno lembrar que um embri�o � um conjunto de dezenas de c�lulas sem forma. Dez por cento apenas dever�o vingar no �tero de uma mulher. Se forem resfriadas, o percentual cai para 3%.
Preocupam-se alguns com os avan�os da gen�tica, argumentando que os novos est�gios podem ser utilizados indevidamente. Os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki n�o foram raz�o para tirar a energia at�mica da vida dos povos e n�o se sepultou a eletricidade por ter sido usada para a abjeta pr�tica da tortura.
Imp�e-se uma discuss�o coma participa��o de diferentes estratos da sociedade, como comunidade acad�mica, juristas, m�dicos, fil�sofos, igrejas de todos os credos e poderes p�blicos sobre o emprego terap�utico da clonagem. O Brasil n�o pode ficar defasado em rela��o a outros pa�ses, como Inglaterra, Israel e China, para citar s� tr�s exemplos, que j� utilizam essa linha de pesquisa.
A clonagem terap�utica ter� de ser discutida com agudeza. Estar contempor�neo de sua �poca j� � ser ultrapassado. Imaginem n�o estar.
Jos� Eberianos Assad, docente de Cardiologia, � ex-secret�rio municipal (Rio de Janeiro) de Sa�de, em 16/ABR/2003.
... � exatamente isso o que acontece em As corre��es. ... Com um olhar contestador, mas ao mesmo tempo delicado ao observar quest�es complexas como a depress�o e o mal de Parkinson, Franzen esmi��a o cotidiano de seus personagens, narrando a saga contempor�nea dos Lambert: Alfred, o pai doente e depressivo; Enid, uma dona-de-casa comum e sonhadora; e os tr�s filhos j� adultos, que se mudaram para metr�poles enquanto os pais permaneceram numa pequena cidade do Meio-Oeste americano chamada Saint Judes...
Nesta fam�lia atormentada, tudo est� � espera de algum tipo de ''corre��o'' (o t�tulo n�o poderia ser mais apropriado) ou conserto, e eles lan�am m�o de todos os recursos de que disp�em: antidepressivos, bebida, amantes e at� cruzeiros luxuosos, tudo sem a menor efic�cia...
Tudo originado de jbonline, e gra�as � minha nova �banda larga�.
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