Pesquisa de Parkinson avança / Células-tronco podem ser usadas em tratamento
Os pesquisadores demonstraram pela primeira vez em uma experiência ''in vitro'' que a evolução de células-tronco retiradas de embriões humanos pode ser dirigida para formar neurônios produtores de dopamina, um mensageiro químico que atua nas sinapses (impulsos nervosos que passam de um neurônio a outro e que possibilitam, por exemplo, realizar movimentos).
O sucesso na especialização das células-tronco embrionárias, que, em princípio, poderiam formar qualquer tipo de célula do corpo, é um grande passo em direção à utilização terapêutica, que pode acontecer sob a forma de enxerto.
''É uma etapa-chave. Este resultado foi indispensável para qualquer teste pré-clínico'', afirmou o biólogo francês Anselme Perrier, que assinou o artigo de apresentação. ''Os resultados foram confirmados a partir de três linhas diferentes de células-tronco humanas e de dois macacos.''
Perrier anuncia ter ferramentas para seguir para as etapas seguintes, como os testes em ratos e depois macacos.
''Uma célula-tronco embrionária permite obter dez mil de neurônios, uma caixa de cultura (6 cm de diâmetro) de células, um milhão'', segundo Perrier. Se os testes forem conclusivos, a dificuldade do tratamento será principalmente a cirurgia reparadora.
O enxerto intracerebral consiste em injetar células diretamente em uma região do cérebro. As experiências anteriores com ratos permitiram obter células do sistema nervoso central. Mas nenhuma foi tão precisa quanto esta última.
Tremores nas mãos, rigidez muscular e lentidão nos movimentos são alguns sintomas do Mal de Parkinson, doença neuro-degenerativa descoberta pelo médico britânico James Parkinson em 1817, que atinge entre 1% e 2% da população com mais de 65 anos.
O mal é ligado à predisposição genética e explicado pela destruição das células nervosas que produzem a dopamina. (AFP) Fonte: Jornal do Brasil.
Cansado, Papa pede ajuda em polonês diante de multidão
A multidão ouviu atentamente o Papa, de 84 anos, na missa campal ao lado da basílica construída onde a Virgem Maria teria aparecido para a jovem camponesa Bernadette Soubirous, em 1858. Os fiéis encorajavam João Paulo II a continuar, cada vez que sua voz fraquejava.
Num determinado instante, foi possível ouvi-lo falando baixo, em polonês:
— Ajude-me. Eu preciso terminar.
Um assistente levou um copo d’água. Ele concluiu o sermão, mas pulou várias partes e ressaltou seu apreço especial pelos enfermos.
Papa condena eutanásia e aborto em homilia
Depois de descansar à tarde, o Papa voltou e terminou a visita à gruta, onde rezou em silêncio por dez minutos. Ao anoitecer, embarcou para Roma.
A viagem de dois dias ao santuário de Lourdes, a 104ª de seu Pontificado, foi sobretudo emotiva. O Papa é devoto de Maria e atribui a ela ter sobrevivido ao atentado de 1981.
Sofrendo de mal de Parkinson e artrite, sua fragilidade se tornou ainda mais visível quando se viu rodeado por outras pessoas doentes. Muitas delas estavam em cadeiras de rodas ou macas e ficaram comovidas com suas palavras.
— Não estou aqui em busca de um milagre, mas para compartilhar minha fé e meu sofrimento com o Papa — disse o britânico Christopher Weeratunde, que assistiu à missa numa cadeira de rodas.
Numa clara condenação ao aborto e à eutanásia, o Papa se dirigiu especialmente às mulheres na homilia:
— Peço que façam todo o possível para que a vida, qualquer vida, seja respeitada desde a concepção até seu fim natural — disse João Paulo II.
Fonte: O Globo.
Cardeal: morte do papa pode estar perto
O papa, de 84 anos, que tem Mal de Parkinson e artrite aguda, passou visíveis dificuldades durante sua visita ao santuário francês de Lourdes no domingo. Uma multidão de cerca de 200 mil fiéis ouviu suas palavras em um campo perto da gruta onde a Virgem Maria teria aparecido para uma menina camponesa em 1858.
- Foi uma das celebrações mais tocantes de todos os tempos - disse o cardeal belga Godfried Danneels, um dos mais cotados sucessores de João Paulo II, ao jornal Het Laatste Nieuws. - A saúde do papa deteriorou-se seriamente. Quando o papa diz ''Minha peregrinação termina aqui'', isso pode significar duas coisas. Foi quase seu adeus a Lourdes e talvez também à sua vida.
A uma rádio belga, Danneels disse que os comentários do papa sobre o fim da peregrinação ''podem indicar algo mais profundo''.
Não é a primeira vez que a fragilidade da saúde do pontífice levanta especulações sobre quanto tempo lhe resta de vida. Em setembro, na Eslováquia, estava tão fraco que precisou de ajuda para ler seus sermões. Muitos acreditavam que ele não poderia viajar novamente.
Fonte: Jornal do Brasil.
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