Cientistas britânicos revolucionam pesquisa com células-tronco
09/09/2004 - 15h43
Cientistas britânicos revolucionam pesquisa com células-tronco
da France Presse, em Londres
Cientistas britânicos conseguiram produzir as primeiras colônias de células-tronco embrionárias do mundo contendo o defeito genético causador da fibrose cística, ao que tudo indica uma revolução na luta contra a doença.
Em palestra no Festival da Associação Britânica de Ciência da Universidade de Exeter, pesquisadores do King's College, de Londres, disseram que este é o primeiro caso definitivo de células-tronco criadas com algum tipo de mal causado por defeito genético.
Segundo Stephen Minger, que conduziu a pesquisa, os cientistas agora procuram especialistas ao redor do mundo que possam desenvolver as células e usá-las para investigar novos tratamentos.
As células-tronco embrionárias são "células-mãe" encontradas em embriões nos primeiros estágios de desenvolvimento e que têm o potencial de se transformar em qualquer tecido do corpo.
Os cientistas esperam que um dia estas células possam ser usadas no tratamento de doenças incuráveis, tais como o mal de Parkinson e o diabetes, para reparar corações lesionados ou produzir pele nova.
Mas as células-tronco também abrem novas possibilidades para o estudo das doenças.
A fibrose cística é o mal hereditário grave mais comum. A doença atinge cerca de 7.500 bebês, crianças e jovens adultos no Reino Unido, segundo cientistas.
Ela obstrui os pulmões e outros órgãos com um muco espesso e pegajoso, causando infecções repetidas que acabam levando à morte.
Pesquisadores já identificaram o gene defeituoso que causa a fibrose cística, mas a pesquisa foi dificultada pelo fato de que os animais de laboratórios não conseguiam desenvolver a doença.
As culturas de células com fibrose cística pode dar aos pesquisadores uma alternativa ideal aos modelos animais.
A equipe de Minger produziu as primeiras células um ano atrás e desde então cultivou bilhões delas em laboratório.
O próximo passo é desenvolver as células ao ponto de se tornarem versões mais remotas de endotélio, células que revestem o interior dos pulmões.
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