Reflexões e Aprendizado
Quem tem Parkinson também vive um dilema complexo:
1º - até juízo em contrário, está desenganado;
2º - mas a degeneração é lenta, o fim não é p’rá já;
3º - os medicamentos, em doses adequadas amenizam o sofrimento;
4º - a eficácia dos medicamentos vai se reduzindo ao longo do tempo, necessitam de permanentes ajustes;
5º - os medicamentos, em doses excessivas agravam a doença e o sofrimento, em doses insuficientes não aliviam o sofrimento;
6º - os médicos dizem que o ajuste fino dos medicamentos é tarefa do paciente;
7º - os efeitos colaterais dos medicamentos são iguais ou piores que a doença;
8º - a vida passa a ser um permanente exercício de equilíbrio e parcimônia: horários para remédios básicos (anti-colinérgicos e amantadina), alimentação adequada para não constipar e também para não piorar ainda mais o sono, eleição de atividades que mereçam uma alteração nos horários da L-dopa (ver os filhos, cinema, jantar, amigos, trabalho, etc...);
9º - tudo nos obriga a sermos extremamente equilibrados, andando no limbo, permanentemente, 7 dias por semana, 24 horas por dia;
10º - por enquanto é a nossa saída: equilíbrio, nem tanto ao céu, nem tanto à terra;
11º - ainda bem que há esperança (células-tronco p.ex.).
lembrando:
desenganar v.t. 2. Tirar as esperanças de salvação a. P. 4. Desiludir-se. § desenganado adj.
Esperança sf. 1. Ato de esperar o que se deseja. 2. Expectativa. 3. Fé em conseguir o que se deseja. 4. O que se espera ou deseja. 5. Rel. A segunda das três virtudes teologais [q.v.] (as três são a Fé, a Esperança e a Caridade.)
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