A Igreja Católica Romana
Os mesmos princípios colocam a Igreja contra a clonagem humana. Na oposição à clonagem para fins reprodutivos - a criação de bebês que são clones de outras pessoas - o Vaticano não está sozinho. Atualmente, o repúdio é mundial, e a pretensa pesquisa está nas mãos especialistas considerados aventureiros. Quando se fala da clonagem para fins terapêuticos, porém, a voz da Santa Sé se afina com a do atual governo conservador dos Estados Unidos. O objetivo da clonagem terapêutica é a obtenção de células-tronco embrionárias geneticamente compatíveis com o paciente que vai recebê-las mais tarde. O Vaticano considera tal manipulação da vida inaceitável.
A Igreja também se verá com mais freqüência diante de dilemas relacionados à manipulação genética. Um dos objetivos de pesquisas para alteração genética de animais é a obtenção de órgãos "humanizados" para transplantes. A Igreja vê tais experiências com desconfiança.
No outro extremo, debates em relação à dignidade da morte também têm se tornado acirrados. A eutanásia ganhou aceitação em alguns países europeus nos últimos anos, para desgosto da Igreja. Nos Estados Unidos, os dias que antecederam a morte de João Paulo II foram marcados pela batalha jurídica em torno de Terri Schiavo, uma mulher que vivia em estado vegetativo e cuja sonda de alimentação foi retirada, por decisão da Justiça. O Vaticano apoiou abertamente os pais de Terri, que se opunham à retirada do tubo, determinada pelo marido, que por sua vez dizia seguir o desejo de Terri.
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