quarta-feira, 16 de janeiro de 2008



Sexo, dopamina e Parkinson


Em entrevista à Revista Veja (5 de Jan/08) o médico americano John P. Mulhall, fala de sexo, dopamina e Parkinson. Como este é um assunto tratado sempre com alguma cautela quando pacientes e médicos enfrentam o problema do diagnóstico e tratamento da Doença de Parkinson, penso que vale a pena conhecer o pensamento de um especialista no ramo da urologia.

Transcrevo apenas os trechos onde aparecem os termos dopamina e Parkinson. A entrevista inteira pode ser lida no arquivo da revista, clicando aqui:

“Veja – É possível ser completamente saudável e feliz sem uma vida sexual regular e satisfatória?

Mulhall – Não. Uma vida sexual prazerosa, em termos quantitativos e qualitativos, traz uma série de benefícios à saúde mental, cardiovascular e até imunológica. Vive-se mais e com mais alegria. As disfunções sexuais, por sua vez, contribuem para o surgimento de uma série de problemas físicos e psicológicos. Muito caso de depressão e de dificuldades de relacionamento tem origem nelas. A disfunção erétil, por exemplo, pode ser o prenúncio de doenças como diabetes, esclerose múltipla, Parkinson e doença coronária, entre outras. A qualidade da vida sexual é um termômetro de bem-estar. Tanto que se tornou uma das medidas de qualidade de vida de uma pessoa, segundo a Organização Mundial de Saúde.”
(...)
“Veja – Afinal de contas, a ejaculação precoce é um distúrbio de ordem fisiológica o psicológica?

Mulhall – De acordo com as estimativas da Associação Americana de Urologia, de 20 a 34% dos homens de todas as idades sofrem de ejaculação precoce. É preciso, no entanto, separá-los em dois grupos. Há aqueles que sempre foram ejaculadores prematuros – dois terços – e os que adquiriram o distúrbio – o terço restante. Sabe-se que, no primeiro caso, há a disfunção neurobiológica por trás da ejaculação precoce. Assim como na depressão ocorre uma falha na comunicação dos neurotransmissores dopamina e serotonina. Entre os homens que adquiriram o distúrbio, a causa mais comum é a disfunção erétil. Dois terços dos que apresentam disfunção erétil vão desenvolver ejaculação precoce. Mas, ao contrario dos outros, esses são inteiramente curáveis. Uma vez tratada a disfunção erétil, o problema de ejaculação precoce desaparece.”

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