Células-tronco: pesquisas podem beneficiar 5 mi de brasileiros
10/03/2008 - As pesquisas com células-tronco embrionárias podem ter impacto na vida de pelo menos 5 milhões de brasileiros que convivem com lesões físicas irreversíveis, causadas por acidentes ou por doenças genéticas. A estimativa é da organização não-governamental Movimento em Prol da Vida (Movitae), a partir de dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Sociedade Brasileira de Diabetes e de outras associações que reúnem portadores de deficiência.A coordenadora do Movitae no Distrito Federal, Gabriela Costa, diz que já há alguns resultados promissores de pesquisas com células-tronco embrionárias em testes com animais, nos países que já aprovaram esse tipo de pesquisa como Austrália, Canadá, China, Estados Unidos, Inglaterra, Japão e Israel, entre outros. (...)
Há ainda estudos para combater diabetes, lupus, leucemia, derrames, doenças do fígados e problemas neuromusculares. O presidente da Associação Parkinson Brasília, Carlos Aníbal Pyles Patto, acredita que as pesquisas com células-tronco embrionárias não podem ser descartadas, por serem o tipo de célula-tronco mais poderosa e as únicas capazes de regenerar neurônios, única saída para a doença de Parkinson.
Existem mais ou menos dez tipos de células-tronco diferentes, sendo que as células-tronco embrionárias são as mais poderosas, a gente não pode prescindir delas. Todas se transformam em tecido, mas para pesquisa é super importante a embrionária, que é a mais poderosa de todas, afirma. Segundo Patto, a estimativa é de que pelo menos 200 mil pessoas tenham a doença de Parkinson no país. Fonte: Tribuna do interior.
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Embrião usado para terapias não vai morrer, diz Nobel
10/3/2008 - O geneticista Oliver Smithies, 82, um dos vencedores do Prêmio Nobel de Medicina ou Fisiologia de 2007, acredita que o debate sobre o uso de células-tronco embrionárias humanas em pesquisa tomou o "rumo errado".Para o cientista da Universidade da Carolina do Norte (EUA), que lida com células-tronco há mais de 20 anos, é errado discutir a perspectiva de seu uso terapêutico como algo que requer "morte" ou destruição de embriões.
"Na verdade, estamos falando de preservar a vida do embrião -embrião que não seria usado para mais nada- permitindo a ele ajudar a vida de outras pessoas", disse o cientista, questionado sobre a ação em julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) que pode acabar proibindo o uso de embriões em pesquisa no Brasil.
"Gostaria que o Supremo Tribunal pensasse em células-tronco de modo diferente", disse Smithies. "Imagine que eu seja um jovem morto num acidente de carro. Há partes do meu corpo que ainda são úteis e podem ser dadas a outras pessoas para manter suas vidas. Então, parte de mim viveria em outra pessoa. Se uma célula-tronco embrionária é feita [para terapia], aquele embrião não é morto, aquele embrião dá vida a outra pessoa, por fim."
Smithies expôs sua defesa do uso de células-tronco embrionárias humanas ontem em entrevista antes de uma palestra em um auditório anexo à exposição Revolução Genômica, no Parque do Ibirapuera. O geneticista, que repartiu o Nobel com Martin Evans e Mario Cappechi por criar uma técnica de manipulação de genes, usa células-tronco como ferramenta dentro desta e de outras linhas de pesquisa que segue. (...) Fonte: Direito do Estado.
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Médicos estudian uso de células madre en el tratamiento de diabetes y Parkinson
Lunes 10 . 03 . 2008 - Los médicos zulianos estudiarán hoy el uso de las células madre en el tratamiento de la diabetes y el Parkinson, debido a la capacidad de éstas para regenerar los tejidos lesionados del organismo. La propuesta se perfila como una de las alternativas potenciales desarrollada en las últimas dos décadas para atacar estas patologías. Así lo informó Rafael Ramírez, vicepresidente del Colegio de Médicos del Estado Zulia, al tiempo que anunció la conferencia de Células Madres que se realizará hoy en el auditorio de la sede, en el marco de la celebración del Día del Médico."En la actividad contaremos con figuras del ámbito médico que tienen gran trayectoria en la región, quienes compartirán sus conocimientos y experiencias en lo que a medicina biomolecular se refiere. Es una necesidad ahondar en éstas prácticas científicas para garantizar al Zulia una medicina moderna que les permita mejorar su calidad de vida". (segue..., em espanhol) Fonte: La Verdad-ve.
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Igrejas mantêm leis na gaveta
10/03/2008 - A polêmica envolvendo a pesquisa com células-tronco, na semana passada, evidenciou o quanto a religião e a política ainda andam de mãos dadas. Na ocasião, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) chegou a pedir aos ministros que votassem a favor da inconstitucionalidade do Artigo 5º da Lei 11.105/05 - que prevê o estudo com células embrionárias.A afirmação "o Estado é laico" já virou bordão entre juristas e cientistas políticos. Mas ninguém nega que a pressão de grupos religiosos exerce grande influência nas decisões públicas. Uma prova disso é que projetos de lei que abertamente confrontam dogmas religiosos são condenados ao esquecimento. Alguns foram propostos há mais de dez anos e ainda não saíram do papel. (...)
Vida nova para as próximas gerações
Márcio Gouvea, 46 anos, é presidente da Associação Capixaba de Parkinson (3223-0929 / parkinsones@yahoo.com.br) e vê no estudo com células-tronco embrionárias a esperança para as vítimas da doença. “Para todos nós que sofremos com doenças neurodegenerativas é importante que essa lei seja votada e aprovada. Não espero que a pesquisa traga resultados a curto prazo, mas as próximas gerações serão beneficiadas”, afirma. Mesmo assim, ele não condena os contrários à pesquisa. “Tento entender a posição das igrejas. Essas instituições só querem interferir a favor da vida. Mas acredito que uma célula que nem tem sistema nervoso formado não pode ser considerada uma vida”, opina. Fonte: Athos GLS.
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