sábado, 23 de junho de 2012

Remédios desviados das farmácias / Portugal

sábado, 23 de Junho de 2012 - Doentes com asma, diabetes e Parkinson não conseguem comprar medicamentos, que estão a ser exportados para países com preços mais elevados. Ministro prepara razia na direcção do Infarmed, que devia fiscalizar. (...)

A situação está a tornar-se cada vez mais grave: diabéticos, asmáticos, doentes com Parkinson e casais inférteis, entre muitos outros, não conseguem comprar os remédios para os seus tratamentos nas farmácias, porque não estão disponíveis. (...)

Sinemet pode estar a ser usado como droga
A mudança no instituto surge numa altura em que no mercado há falhas graves. Devido à diminuição dos preços dos remédios e das margens de lucro dos armazenistas, os farmacêuticos e os laboratórios estarão a usar vários estratagemas.

Os armazenistas são acusados de fazerem exportação paralela, especialmente para os países do Norte da Europa, onde os medicamentos conseguem ser vendidos a preços mais elevados. E alguns laboratórios estarão a deixar de comercializar os remédios mais baratos.

Uma das situações mais preocupantes, que está sob investigação no Infarmed, é a falta de um dos remédios mais usados para a Parkinson – o Sinemet. O laboratório que o produz, a Merck Sharp & Dohme (MSD) garante que colocou no mercado mais 20% de embalagens do que em 2011.

E apesar de admitir que nos primeiros meses deste ano (sobretudo em Janeiro) houve um problema com o fornecimento do produto, o laboratório explica que a situação foi regularizada, tendo colocado no mercado mais de 100 mil embalagens. Fonte da empresa adiantou ao SOL que não faz qualquer sentido este medicamento ser alvo de exportação paralela por parte dos armazenistas, uma vez que custa apenas 6,79 euros e a margem de lucro é pouco aliciante.

Segundo fontes ligadas ao processo, em cima da mesa está a hipótese de o Sinemet estar a ser desviado para o mercado de drogas alucionogéneas.

«O Infarmed tem de investigar e bastava conferir no centro de facturação do Estado o número de vendas que foram feitas», explica ao SOL fonte do sector, lembrando que, além disso, todos os meses os laboratórios têm de pagar àquele organismo uma taxa de 0,4% do preço de venda ao público por cada embalagem comercializada. «Por isso, eles têm os dados todos para saber o que se passa». Fonte: Sol.pt.

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