terça-feira, 11 de setembro de 2012

Identificadas moléculas-chave que podem aliviar sintomas de Alzheimer ou depressão

11/09/2012 - Cientistas norte-americanos identificaram moléculas-chave que traduzem um acontecimento na memória, ao qual pode aceder-se meses e, até anos, mais tarde, revela um estudo publicado esta segunda-feira na revista Journal of Clinical Investigation, avança a agência Lusa.

A descoberta, feita a partir de uma experiência com ratinhos, pode ser uma janela aberta para a produção de medicamentos que melhorem a memória e aliviem alguns dos sintomas cognitivos que caracterizam doenças como a Parkinson e a Alzheimer ou a esquizofrenia e a depressão, adianta o artigo da revista citado pela agência Efe.

Os investigadores, das universidades de Pensilvânia e do Texas e do Instituto Médico Howard Hughes, todos nos Estados Unidos, centraram a sua atenção num grupo de proteínas denominadas receptores nucleares, que aparecem vinculados à regulação de uma variedade de funções biológicas, incluindo a formação da memória.

Os receptores nucleares são proteínas que podem unir-se ao ácido desoxirribonucleico (ADN) e regulam a actividade de outros genes.

O seu papel regulador pode ser significativo na formação da memória, já que requer a transcrição de genes para converter as memórias de curto prazo nas de longo prazo, mediante o fortalecimento das sinapses (impulsos nervosos) dos neurónios do cérebro.

Para identificar a maneira como os receptores nucleares contribuem para a formação da memória, a equipa de cientistas treinou ratinhos normais e geneticamente modificados com um método comum de criação de memórias de um lugar e de um acontecimento, de modo a que os animais pudessem aprender a associar um contexto particular a uma experiência específica.

A comunidade científica crê que as associações a um lugar ou a um contexto ficam codificadas no hipocampo (estrutura do cérebro considerada a principal responsável pela memória), enquanto as memórias relacionadas com um sinal permanecem codificadas na amígdala.

Quando os investigadores norte-americanos submeteram os ratinhos ao contexto de treino uma segunda vez, detectaram que os geneticamente modificados tinham uma memória reduzida do sítio onde ocorria o treino, isto é, memória diminuta que devia estar no hipocampo, quando comparada com a dos ratinhos normais.

Nos ratinhos geneticamente modificados, a mudança das memórias albergadas na amígdala continuavam, em contrapartida, intactas. Fonte: RCM Pharma.pt. No Globo G1 AQUI.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observamos que muitos comentários são postados e não exibidos. Certifique-se que seu comentário foi postado com a alteração da expressão "Nenhum comentário" no rodapé. Antes de reenviar faça um refresh. Se ainda não postado (alterado o n.o), use o quadro MENSAGENS da coluna da direita. Grato.