terça-feira, 23 de outubro de 2012

Burocracia e falta de medicamentos prejudicam pacientes de Parkinson

23/10/2012 - Umuarama – O medicamento Azilect, indicado para pessoas portadoras do Mal de Parkinson, já está há dois meses indisponível na farmácia da 12ª Regional de Saúde de Umuarama. Pacientes que dependem do remédio reclamam da falta de informações sobre o procedimento da droga e buscam uma previsão para a entrega, já que é uma composição de extrema importância para o tratamento da doença.

De acordo com informações cedidas pela Regional de Saúde, por ser importado, a indisponibilidade do medicamento é ocasionada pela burocracia na alfândega, durante a entrada da droga no País, entretanto, para alguns usuários do Azilect, essa informação é vaga, já que esse atraso não é comum, baseada em outras situações parecidas.

“Já nos falaram sobre esse problema da alfândega, mas precisamos saber o que acontece, pois estou com o tratamento interrompido há mais de um mês”, relata o paciente, Lázaro Bernando. O paciente mora em Altônia e mensalmente busca o medicamento em Umuarama, nessas idas e vindas sem saber o que acontece com o produto, Bernando se diz inseguro com a falta de disponibilidade do remédio.
“Para ter esse direito foi preciso brigar na Justiça, pois é um medicamento caro. Agora que consigo a liberação para retirar de maneira gratuita, nunca tem o remédio na Regional de Umuarama, e a explicação é sempre a burocracia. Preciso dele [Azilect] para controlar os sintomas da doença, sem o medicamento, não tenho como controlar”, cita o paciente.

Arecidio Cassiano Junior, chefe da 12ª Regional de Saúde, explica que, infelizmente, o Azilect é um dos medicamentos que apresentam sérios problemas com estoque, justamente por ser produzido no exterior. “Nenhuma previsão de quando será entregue é repassada para nós, quando a equipe da Regional interroga sobre o medicamento, a informação que temos é que está na alfândega esperando a liberação [burocracia]”, explica.

Consciente do problema, a enfermeira chefe da 12ª Regional, Giliane Rocatto, acrescenta que em todas as compras feitas pelo Estado dessa droga, sempre há um atraso, porém, segundo ela, a média de atraso, que provavelmente seria ocasionado pelo excesso de burocracia, dura no máximo 40 dias.
“Estamos sem qualquer previsão de entrega, não sabemos nem ao menos se esse medicamento [Azilect] está no Brasil. Também não sabemos se é realmente devido à burocracia que está atrasado”, revela a enfermeira, reafirmando a dificuldade de obter o remédio.

Segundo a Regional de Saúde em Umuarama, o fornecimento do Azilect aos pacientes é uma questão específica que afeta apenas uma pequena proporção dos tratamentos. “São casos bem específicos, já que são poucos pacientes que dependem desse medicamento”, ressalta o chefe da Regional, Cassiano Junior.

Conforme o Cemepar (Centro de Medicamentos Básicos do Paraná) o atraso na entrega dos medicamentos não é resultado da burocracia na alfândega, mas sim do fornecedor, que teve dificuldades para fornecer o produto à Secretaria de Saúde do Estado.

O Cemepar, por meio da Assessoria de Imprensa, garante que o medicamento já está em Curitiba desde a última semana, mas ainda é necessária a avaliação da Anvisa antes de ter a distribuição liberada às Regionais; o órgão representante ressalta que não há previsão de quando o Azilect será entregue.

Em breve
A 12ª Regional de Saúde em Umuarama afirma que assim que disponível, os pacientes que necessitam do medicamento serão informados por telefone imediatamente. “Pedimos a compreensão dos usuários”, pede o chefe da 12ª Regional de Saúde. Fonte: Umuarama Ilustrado.
Editado com LibreOffice Writer

2 comentários:

  1. Eu desconhecia solenemente que o Azilect constasse do rol de medicamentos fornecidos gratuitamente pelos estados/municípios...
    Será verdade? Pelo preço que está vou me candidatar, pois deve ser mt bom!
    28/30 comp. de 1 mg por 370 dólares (+/- R$ 740,00) ou estou enganado?

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