quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Maior desafio para os doentes de Parkinson pode ser a depressão

Wednesday – 1/9/2013 - WASHINGTON - A doença de Parkinson é uma doença debilitante, marcada em seus estágios avançados por tremores, desequilíbrio, rigidez e fala arrastada.

A maior parte do foco ao longo dos anos tem sido no tratamento desses sintomas físicos, mas os resultados do maior estudo internacional de pacientes de Parkinson mostra a depressão como sendo o maior obstáculo que enfrentam.

Os dados, divulgados em novembro, já estão começando a ter um impacto sobre o tratamento.

"Este é um estudo muito grande, poderoso, e se sai com uma conclusão de que a depressão é o contribuinte mais importante para a deficiência, então temos que levar isso a sério", diz o Dr. Zoltan Mari, um especialista de Parkinson e professor assistente do Departamento de Neurologia da Universidade Johns Hopkins.

O Parkinson's Disease e o Movement Disorders Center da Universidade Johns Hopkins que Mari lidera, foi designado pelo National Parkinson Foundation como centro de excelência. Foi uma das 20 instituições em todo o mundo que participaram no estudo de longo prazo com mais de 5.500 pacientes e que tiveram início em 2009.

Mari diz que não ficou chocado com os resultados do estudo inicial. Ele diz que os médicos têm visto um número crescente de pacientes com depressão e ansiedade, que são causadas por alterações químicas no organismo relacionadas ao mal de Parkinson. Mari acrescenta que o tratamento para problemas motores são mais eficazes quando as questões de humor/comportamento estão sob controle.

Betsy McCormack de Silver Spring, Maryland é a prova viva. Após o diagnóstico de Parkinson, testes encontraram um declínio acentuado no nível de químicos em seu cérebro que influenciam o humor/comportamento.

"Eu tinha apenas 20 por cento da dopamina, 80 por cento se foram – ficou perdida", diz McCormack.

Ela foi encaminhada para um psiquiatra com treinamento especial em distúrbios do movimento para encontrar um antidepressivo que fosse trabalhar em conjunto com a medicação de Parkinson. McCormack diz com sua depressão sob controle, ela foi capaz de se reencontrar sua força.

"Se eu estou muito deprimida para sair do sofá e fazer algo, então eu não faço, assim é com meu Parkinson", diz ela.

Mari diz que mais doentes de Parkinson precisam auxílio para obter cuidados coordenados para o corpo e a mente que McCormack recebeu. Ele diz que a maior mudança no tratamento que emana do estudo é um chamado para que os médicos examinem os doentes de Parkinson quanto à depressão de modo anual.

Os pacientes também estão sendo instados a relatar qualquer mudança de humor/comportamento para a sua equipe médica.

A doença de Parkinson afeta cerca de 1 milhão de pessoas em os EUA, e 5 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a National Parkinson Foundation. (original em inglês, tradução Hugo) Fonte: W Top.

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