quarta-feira, 24 de abril de 2013

Nova pesquisa examina ligação entre estímulo inflamatório e doença de Parkinson

A Universidade do Texas Health Science Center estuda o papel da inflamação no desenvolvimento da doença

23-Apr-2013 - Boston – A Doença de Parkinson (DP) é uma doença degenerativa progressiva que afeta a capacidade da pessoa para coordenar e controlar o movimento muscular. O que começa como um tremor em um dedo acabará por levar à dificuldade em escrever e falar, e, finalmente, a incapacidade de andar sem ajuda. Desde 1950 a pesquisa mostrou que as pessoas com Parkinson diminuíram os níveis de dopamina no cérebro, que está envolvida no envio de mensagens para a parte do cérebro que controla a coordenação e movimento. As investigações subsequentes descobriram que as células geradoras de dopamina, conhecidos como os neurônios dopaminérgicos, também estão ausentes em uma área específica do cérebro em pacientes com DP.

A causa ou as causas precisas da DP são desconhecidas, mas existe o consenso de que um evento inflamatório ou episódio está envolvido na iniciação da neurodegeneração, e que a neuroinflamação crónica é uma razão para manter e exacerbar a perda dos neurônios dopaminérgicos. Um novo estudo realizado por uma equipe de pesquisadores do Texas traz à compreensão do papel da inflamação mais um passo. Eles descobriram que uma única dose de exposição, de um agente inflamatório experimental num modelo animal provoca alterações no tecido do cérebro que são semelhantes às que estão associadas com o desenvolvimento da doença. (...)

Resultados e Conclusões

Em geral, os investigadores verificaram que uma única injecção de LPS (lipopolysaccharide) provocou uma resposta inflamatória sistémica dos ratos, tal como indicado por uma elevação em certas citocinas circulatórias. Tecido oriundo do bulbo olfativo mostrou a presença de células imunes associadas. Citocinas individuais dentro do bulbo olfativo mostraram um aumento em certos tipos de citocinas. Tomados em conjunto, a análise completa indicou que a dose única de LPS estimulou uma resposta inflamatória que se assemelhava muito às principais características do desenvolvimento da doença.

Os resultados sugerem um envolvimento de ambos os periféricos e os componentes do sistema imunológico do sistema nervoso central em resposta à inflamação e a episódios inflamatórios. Como resultado, os pesquisadores sugerem: (1) inflamação inicia uma resposta imunitária, (2) a presença contínua e os progressivos resultados pró-inflamatórios em mecanismos de um processo através do qual os sistemas de defesa celulares são ultrapassados e as células mais sensíveis, tais como os neurônios dopaminérgicos, entram em vias de morte celular, e (3) isto conduz a uma série de eventos, que são elementos essenciais da progressão da DP.

Próximos Passos

A neuroinflamação é um problema significativo para aqueles com DP, e persiste ao longo do curso desta doença debilitante. A compreensão dos processos essenciais por trás dela é o melhor caminho para encontrar abordagens terapêuticas para enfrentá-la. Este estudo destaca a oportunidade de compreender melhor o papel que a inflamação desempenha no processo. (original em inglês, tradução Hugo) Fonte: EurekAlert!.

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