21/06/2013 - O Rio de
Janeiro ganha na próxima segunda-feira o primeiro hospital público
do país integralmente dedicado ao diagnóstico e tratamento de
doenças cerebrais.
Foi criado com a meta
de atender pacientes que hoje morrem ou ficam com sequelas pela falta
ou precariedade de serviços de neurologia.
Com tecnologia de
ponta, o Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer terá uma
equipe de 18 neurocirurgiões e realizará até dez cirurgias diárias
de retirada de tumores, aneurismas, epilepsia, doença de Parkinson e
malformações congênitas.
O governo do Estado
gastou R$ 72 milhões com as obras e equipamentos. O custeio anual
previsto será de R$ 82 milhões. A administração ficará à cargo
de uma OS (organização social).
O instituto tem quatro
salas cirúrgicas inteligentes, com equipamentos de neuronavegação,
que fazem mapeamento do cérebro e transmitem as imagens do local da
lesão em tempo real.
Há também um centro
cirúrgico híbrido, que terá uma ressonância para exames durante a
operação. O aparelho entra por um trilho e depois volta para a sala
ao lado.
"Hoje nem sempre
conseguimos ver se retiramos todo o tumor. A gente fecha o paciente e
só depois faz a ressonância. Se sobram resquícios, ele precisa ser
operado de novo", diz Paulo Niemeyer Filho, diretor do
instituto.
A Secretaria de Estado
da Saúde informa que desconhece a real demanda reprimida por
cirurgias cerebrais, mas sabe que ela é grande.
"Nossa central de
regulação está levantando os pacientes que esperam vagas nos
hospitais universitários", diz o secretário Sérgio Côrtes.
Segundo ele, para que
haja maior rotatividade dos leitos, os pacientes só serão
internados quando todos os exames pré-operatórios estiverem
prontos, e o doente clinicamente estável.
"Hoje, a taxa de
suspensão de cirurgias por questões clínicas chega a 30%. Queremos
reduzir para menos de 10%." Fonte: Folha de S.Paulo.
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