quarta-feira, 23 de abril de 2014

Balanço. Uma opinião pessoal.

No final de Abril, mês anual da conscientização em Parkinson, ao fazer um balanço pessoal retrospectivo de “a quantas ando com Mr Parkinson”, não vejo muito o que ressaltar de novidades ou avanços. Há mais ou menos 50 anos surgiu o levodopa. De lá p'rá cá, os agonistas (pramipexole p.ex.: Sifrol e Mirapex, nos anos '90), houve o ressuscitamento dos eletrochoques na forma sutil e reversível do dbs, … variações sobre o mesmo tema (Sifrol e Mirapex ER, dbs recarregável), e promessas: células tronco, transdermais, inaláveis, etc... E de resto, no frigir dos ovos, coisas imateriais, não factíveis para a melhoria da vida cotidiana. “E como é difícil sair da cama!”

A salientar positivamente resta a questão cultural, como as exposições, ainda que comedidas, de Michael J. Fox (precocemente retirado da telinha devido ao baixo "Ibope") e Paulo José, na rede Globo, que podem a longo prazo ter efeito multiplicador de consciências.

A saudar, desconheço em que nível, a bradada maior consciência dos portadores quanto ao conhecimento e domínio dos medicamentos e terapias medicamentosas ou multidisciplinares (leia neste blog: “Os pacientes de Parkinson clamam por uma rota mais rápida para a cura.”)

E quanto ao mote, "meio" que forçado, de que é possível ter qualidade de vida! Eu diria: "É possível ter 1/2 qualidade de vida", ou "É possível ter qualidade de 1/2 vida". Só vejo como saída o rir de mim mesmo... É triste para não dizer trágico. Trata-se de uma opinião pessoal. Mas animemo-nos:
A luta prossegue!   Não 'tá morto quem peleia!   Entregar os pontos jamais!

Um comentário:

  1. É meu amigo Hugo suas considerações atestam muitas verdades verdadeiras, mas lembro também que muita coisa mudou no aspecto da comunicação, do conhecimento e integração do grande publico, há 10 anos não se sabia ou simplesmente se desconhecia o que era Parkinson, vou mais além há 50 anos lembro que o Parkinson já existia, mas no seio familiar era comum dizer que nossos avós estavam ficando gaga.

    Nossa luta é exatamente essa chamar a atenção de todos, governos, cientistas, doentes e familiares que é preciso sair fazendo, não ficar esperando que a cura caia do céu.

    Nós e outros amigos (as) PK estamos fazendo a vez e mostrando as diferenças, mostrando a cara e tirando o luto, mas é preciso estar ‘ “TODOS NO MESMO BARCO” e não nos desviarmos do nosso porto seguro que seria a batalha final a CURA.

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