segunda-feira, 12 de maio de 2014

A era pós-antibiótico está vindo aí (ou já chegou)

Em um relatório pioneiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou hoje que as infecções bacterianas que não podem ser tratadas com antibióticos de último recurso surgiram em todas as partes do mundo. Isto significa que os pacientes que forem infectados pela bactéria E. coli, por estafilococos ou contraírem pneumonia não têm uma forma eficaz de controlar suas doenças. Em alguns países, mais da metade das pessoas infectadas com a bactéria da K. pneumonia não responderá a carbapenemas (uma classe de antibióticos beta-lactâmicos com um largo espectro de atividade antibacteriana). Um percentual semelhante de pacientes com infecções de E. coli não será ajudado ao tomar antibióticos de fluoroquinolonas (um dos tipos de antibióticos mais tóxicos atualmente em uso).
O crescimento de cepas de bactérias resistentes significa que as infecções etsão mais difíceis ou impossíveis de controlar, o que poderia levar à rápida propagação de doenças e maiores taxas de mortalidade, especialmente entre pacientes de hospital. Entretanto, ainda mais preocupante, dizem os especialistas como Martin Blaser – diretor do programa de microbioma humano no Centro Médico Langone da Universidade de Nova York (EUA) e autor do livro “Missing Microbes” – é a forma como estes antibióticos estão afetando a composição de boas e más bactérias que vivem dentro nós, o nosso microbioma.

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