domingo, 21 de setembro de 2014

Campanha defende que preparar-se para a velhice é a chave para viver mais

21/09/2014 - Há seis anos, a dona de casa Leida de Oliveira, de 72, resolveu entrar em um cursinho de informática. Teve o apoio do marido, o aposentado Geraldo Teodoro de Oliveira, de 74, que já sabia usar o computador e acessar a internet graças à curiosidade de “fuçar” tudo sozinho. Sem querer ficar para trás, o casal é um exemplo do que a campanha “Getting ready for ageing” (Preparando-se para a velhice), lançada recentemente no Reino Unido, quer incentivar todos os idosos a fazer. A ideia é mostrar que é possível envelhecer melhor e viver mais com um planejamento simples.

Cuidar não só do corpo, mas também da mente, e procurar acompanhar o mundo moderno parece ser a chave para a felicidade na terceira idade, defendem especialistas. Para o clínico geral Eduardo Duarte, a percepção de que saúde física e psíquica devem estar juntas na velhice está crescendo entre os brasileiros, mas ainda há um longo caminho a seguir.

— O idoso tem que se atualizar, seja em relação à música, tecnologia ou política. Quem não se integra aos avanços se sente isolado, o que gera um estado de não adaptação que pode ser confundido com depressão — explica Duarte, do Centro de Medicina Nuclear da Guanabara e mestre em saúde pública.

O isolamento, inclusive, causa queda no sistema imunológico, o que facilita a aquisição de doenças e dificulta a recuperação de cirurgias. De acordo com a cardiologista e geriatra Elizabete Viana de Freitas, manter-se atuante na sociedade — por exemplo, exercitando o direito do voto — é essencial para evitar isso.

— O patrimônio de saúde também se constrói com uma vida ativa — diz a médica, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

Segundo a psicóloga Viviane Ortiz, a preparação para uma velhice feliz deve começar ainda na infância, com os pais orientando os filhos que a maturidade não torna as pessoas inferiores:

— Ao trazer para a mente que não se está à margem, é possível retardar doenças como Alzheimer e Parkinson. Fonte: Globo G1.

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