sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Pacientes com doença de Parkinson no ES são tratados com 'gameterapia'

Proposta de estudante é usar videogame, fazendo com que se movimentem.
Além de ajudar na coordenação motora, tratamento diverte o paciente.

23/10/2014 - Um projeto de iniciação científica do curso de fisioterapia de uma faculdade em Vitória usa a tecnologia de entretenimento para trabalhar a recuperação de pacientes com doença de Parkinson. Segundo os professores, atualmente, o projeto trabalha experimentando como a 'gameterapia' - terapia através de jogos de videogame - pode auxiliar na melhoria do equilíbrio do paciente que tem a doença.

A proposta é da estudante Vivian Oliveira Silva, que montou um projeto aprovado pela comissão de iniciação científica da faculdade. Através do videogame, os pacientes podem ter acesso a vários jogos de ação e, com o auxílio de um tipo de controle remoto, pode jogar até tênis sem ter que ir para uma quadra de esportes, por exemplo. Como a prática exige movimentação corporal, acaba auxiliando na deficiência motora deles e, ao mesmo tempo, divertindo.

“O jogo trabalha os reflexos dos pacientes. Achei essa técnica interessante porque é diferente na fisioterapia. Nós não vemos muitas técnicas s envolvendo a informática nessa recuperação. É uma forma de dinamizar os atendimentos dos pacientes”, contou a estudante.

Segundo os professores, a 'gameterapia' já é utilizada em países como os Estados Unidos e cehgou ao Brasil há dois anos. É uma terapia adicional à fisioterapia e vem para somar como técnica para recuperação de pacientes com alguma sequela neurológica.

Segundo a estudante Vivian, além de se movimentar, os jogos fazem com que o organismo do paciente libere substâncias que dão prazer. "O paciente não encara o tratamento como uma obrigação, mas como um momento de diversão", disse.

Serviço
Os atendimentos são realizados todas as quintas, das 8h às 17h, em uma sala da faculdade Católica Salesiana. Os pacientes têm 40 minutos de atendimento fisioterápico toda semana. Os interessados podem procurar a Clínica Integrada de Atenção à Saúde da Católica (Ciasc) pelo telefone 27 3331-8654.

Doença de Parkinson
A doença de Parkinson uma doença cerebral que causa tremores e dificuldades para caminhar, se movimentar e se coordenar. A doença afeta homens e mulheres e é mais comum nos idosos.

Os sintomas iniciais são a dificuldade para começar ou continuar os movimentos, como começar a caminhar ou se levantar de uma cadeira. Isso acontece porque os músculos, principalmente os das pernas, ficam rígidos. A doença não tem cura, mas há tratamentos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Fonte: Globo G1.

Videogame vira aliado no tratamento de pacientes com Parkinson em Vitória (*mesma matéria ampliada)
Sessões de fisioterapia costumam ser repetitivas e, muitas vezes, desgastantes para muitas pessoas. Mas para um grupo de dez pacientes com Parkinson no ES, fisioterapia tem sido sinônimo de diversão.

QUINTA, 23/10/2014 - É jogando videogame que pacientes de Parkinson têm se tratado em Vitória. Adeptos da gameterapia, o grupo tem realizado as sessões desde setembro na Faculdade Católica Salesiana e os resultados têm sido bastante positivos.

Eles jogam X-Box 360 Kinect, console em que não há utilização de controle. O corpo é escaneado e o videogame reproduz os movimentos do corpo do jogador. Se ele corre, o personagem que está no videogame também corre, e por aí vai. Como o Parkinson causa problemas de equilíbrio e locomoção, as atividades servem para reforçar estes movimentos e evitar quedas e acidentes domésticos com estes pacientes.

O consultor de tecnologia Paulo Penha, de 51 anos, começou a sentir sintomas do Parkinson, como o distúrbio de equilíbrio, há seis meses. Se ficasse em pé por muito tempo e tentasse virar para a direita ou esquerda, o seu pé não acompanhava. Passou a fazer a gameterapia em setembro e a melhora já é bem perceptível.

“Eu estou achando muito bom, comprei até um videogame para mim, para auxiliar em casa. Achei muito bom o tipo de tratamento. Eu me sinto melhor, ainda tenho o distúrbio do equilíbrio, que não vai curar assim, mas me dá mais segurança“, disse.

Com o videogame também em casa, a esposa de Paulo, Claudiane Gonçalves, tem apontado até mudanças no humor do marido após o tratamento regado à diversão. “Está dando muito certo. Antes, o humor dele era horrível.
Com a gameterapia, ele brinca, faz piada, estamos muito felizes“, contou.

O projeto surgiu de uma parceria entre aluna e professor. Estudante de Fisioterapia, Vivian Oliveira desenvolveu o projeto de iniciação científica, orientada pelo professor doutor em neurociência João Luiz Coelho. Vivian conta que, com quase dois meses de trabalho, ela já percebe melhorias em alguns pacientes, que antes não conseguiam nem ficar em pé de maneira equilibrada e explica como funciona o tratamento.

“Esse videogame tem um sensor que faz um reprodução do esqueleto em 3D. É como se eles fossem transportados para dentro do jogo. Os jogos trabalham muito equilíbrio, os reflexos e também estimulam outras áreas com a sensação de prazer e competitividade“, explicou.

O professor João Luiz Coelho explica que, até o final do ano, testes vão mostrar a eficácia do tratamento, comparando a situação dos pacientes antes e depois da gameterapia. “Para nós, fisioterapeutas, os dados qualitativos já bastam, tanto quanto os quantitativos. Se os pacientes já dizem que estão bem e felizes, para nós já basta e é ótimo, mas vamos também comprovar em números“, apontou.

De acordo com o presidente da Associação de Capixabas com Parkinson, há 263 pessoas cadastradas na instituição com Parkinson na Grande Vitória, mas o número deve ser ainda maior se levado em conta o interior. A associação também aprova a iniciativa e se mostra animada com os resultados.

As sessões de gameterapia acontecem semanalmente e duram cerca de 40 minutos para cada paciente. Fonte: Radio CBN.

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