sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Peso e hábitos alimentares na doença de Parkinson

November 20, 2014 - Uma revisão da literatura científica sobre a doença de Parkinson, realizado por pesquisadores da SISSA medialab, mostra que até mesmo os sintomas não motores associados à doença podem contribuir para as alterações no peso corporal observadas em pacientes (incluindo aqueles submetidos à estimulação cerebral profunda). Entre os fatores que afetam os hábitos alimentares e o peso corporal poderia ser, por exemplo, uma diminuição da capacidade de obter prazer a partir de alimentos e mudanças na motivação. Estes são resultados importantes que podem ajudar a compreender a forma de reduzir esses efeitos do mal de Parkinson que agravam uma situação clínica já negativa.

Os pacientes afetados pela doença de Parkinson freqüentemente apresentam alterações marcantes no peso corporal: eles podem ganhar ou perder muito peso, dependendo do estágio da doença, ou podem aumentar em até dez quilos após a estimulação cerebral profunda (um tratamento para aliviar os sintomas). Esta situação piora consideravelmente a qualidade de vida de uma pessoa que já está sofrendo de distúrbios motores fortemente incapacitantes, por isso é importante entender quais são os fatores que a causam.

"Os hábitos alimentares e peso corporal de pacientes com Parkinson mudam à medida que a doença progride", explica Marilena Aiello, pesquisadora da SISSA e primeira autora do estudo publicado na revista Appetite. "Em nosso estudo, revisamos estudos sobre Parkinson que forneceram dados sobre a associação entre os sintomas não-motores, hábitos alimentares e peso corporal. Dessa forma, fomos capazes de avaliar alguns fatores que, além dos sintomas motores e tratamentos com medicamentos, podem representar um papel neste problema."

Depressão, transtorno cognitivo, distúrbios sensoriais - olfato e do paladar, principalmente -, diminuição da capacidade de sentir prazer: todos estes aspectos contribuem para a hábitos alimentares incorretos. "O possível papel da capacidade de sentir prazer e motivação para o consumo de alimentos é particularmente interessante. Doentes de Parkinson podem ser um pouco carentes a este respeito e, portanto, comem menos e perdem peso, ao passo que o ganho de peso exibida após a estimulação profunda do cérebro parece apontar para um aumento de prazer e motivação associada com alimentos. Estudos específicos são necessários para confirmar ou refutar essa constatação que emerge da revisão da literatura."

"Estudos como o nosso podem ajudar aqueles que trabalham com esses pacientes: consciência dos papéis desempenhados pelos diferentes fatores é de fato fundamental para a concepção de intervenções com o objetivo de minimizar o efeito dos déficits e restaurar os níveis normais de peso em indivíduos que já estão sofrendo por causa da doença." (original em inglês, tradução Google, revisão Hugo) Fonte: Science Daily.

Um comentário sobre este assunto: peso e alimentação, sem fazer consulta bibliográfica.

Após ter feito o dbs eu realmente ganhei peso, 10 kg. Tenho, ou tinha, um metabolismo que se praticava esportes ganhava peso, se ficava parado perdia peso. Atribuo o ganho de peso a quatro fatores:

1. menor gasto de energia advindo da redução dos tremores;
2. menor necessidade de levodopa (menor quantidade e maior intervalo entre doses), e que levou a não precisar resguardar tão rigidamente os intervalos de pré e pós ingestão de alimentos, que inibem o efeito da droga;
3. com menos levodopa eu particularmente vivo melhor, sentindo inclusive prazer no paladar e na textura dos alimentos, com isto como mais.
4. na perigosa euforia do êxito do dbs, voltei a nadar, e muito, o que veio a me render uma hérnia de disco. Praticando esporte engordo, pois como mais.

Hoje, com o efeito do dbs menos eficiente, seja por acomodação do cérebro, por deslocamento dos eletrodos ou por diminuição da carga da bateria (talvez os 3 juntos), tenho que me drogar mais, e com isso voltei ao peso quase normal de 8 anos atrás, pré dbs. Vou tentar manter este peso. Mas em geral as PcP's perdem peso e ganham barriga, esta pela postura corporal.

Ao final, meu maior desejo nesta vida que ainda me resta, afinal já passei mais da metade dela, seria simplesmente vivê-la. Não me preocupar com estas coisas. E não tentar viver sobrevivendo em função das limitações impostas pelo Mr. Parkinson. Quem tem esse “troço” sabe bem do que falo. “Although” haja esperança.

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