quinta-feira, 7 de março de 2002

DEPOIMENTO DE LUCIANA

De : marotz2001

Responder : yahoo-dev-null@yahoo-inc.com
Para : marciliosantos@hotmail.com
Assunto : Medica��o [Yahoo! Clubs: Recupera��o do Parkinson]
Data : 6 Mar 2002 19:46:01 -0000
Com rela��o a medica��o tenho a relatar o seguinte: atualmente
minha m�e consegue se manter sem qualquer medica��o anti-pk.
Embora j� tenha passado por muitos deles sem qualquer melhora
substancial. J� foi tentado, nos �ltimos 05 anos, tratamento
com: Seleginina, Sifrol, Mantidam, Contam, Akineton, Cronomet
(libera��o lenta) e outros. O �nico que teve resposta efetiva
foi o Sinemet (Levodopa / Carbipoda).

Os m�dicos n�o souberam explicar porque n�o houve boa resposta
ao tratamento com as drogas anti-pk, apesar de apresentar os
sintomas da doen�a: rigidez, postura curvada, lentid�o,
dificuldades na marcha. Tiveram d�vidas quanto ao diagn�stico,
mas conclu�ram que fosse parkinsonismo.
Nos primeiros anos ela tinha uma vida normal, mas quanto a
levodopa dominou seu corpo, ela n�o era capaz de fazer mais nada
sem a droga. Ao come�armos a Terapia de Recupera��o do Pk, ela
tomava 1 e � Sinemet ao dia, dividido em pequenas por��es
min�sculas do comprimido, e sua rotina era assim: para tomar
banho precisava de uma por��o do estimulante, para uma caminhada
mais uma por��o, para se alimentar mais uma, para continuar
trabalhando mais uma, para sair da cama no outro dia mais uma.
Isto � viver? Isto � uma escravid�o, � um v�cio f�sico e
psicol�gico, porque a pessoa luta para ficar bem, para se sentir
normal e est� cada vez afundando mais... ent�o o m�dico quis que
ela tomasse antidepressivo para a tristeza de uma viv�ncia
dependente. �Ok, a Senhora deveria agradecer de ter uma
neuropatia altamente trat�vel, por favor, tente levar uma vida
normal� � que piada � esta?

Em +/- 02 anos os efeitos colaterais, de leves, passaram a
grotescos: movimentos coreatet�ides incontrol�veis, n�useas,
v�mitos, mudan�as de personalidade, etc.

Eu n�o sei explicar porque hoje ela consegue se manter sem
medica��o. Claro que ela n�o est� normal fisicamente, mas
internamente existe uma diferen�a, ela � capaz de se sentir
melhor, apesar das dores, da fraqueza e espasmos (novos
sintomas). Hoje ela diz: �Eu me sinto gente, eu me sinto viva,
n�o sou mais um maldito zumbi dependente de drogas.� Isto n�o
foi nada f�cil, houve per�odos muito cr�ticos devido as
retiradas, e certamente esta fase ainda n�o acabou.

Eu realmente, tamb�m n�o sei, se isto � um caminho � �cura�, o
fator psicol�gico influ�ncia muito em qualquer doen�a, e as
melhoras f�sicas que obtemos s�o sempre oscilantes entre dias
bons e ruins (o que tamb�m pode ser caracter�stico da pr�pria
doen�a de pk).

Como praticante de FSR eu posso garantir que senti, durante os
tratamentos, muitas libera��es dentro de v�rias partes do corpo
da minha m�e, e uma grande libera��o em determinada parte do p�
esquerdo (o lado inicialmente afetado). Acredito que foi uma
resposta real ao tratamento.

Abra�os,
Luciana

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