quarta-feira, 10 de abril de 2002

DP - e o BIOFEEDBACK


Em�lio Takase vem pesquisando no seu laborat�rio no Dep. de Psicologia da UFSC a rela��o entre pr�tica desportiva e atividade cognitiva.
Participei de uma s�rie de reuni�es com a equipe dele para a prepara��o de um projeto de pesquisa sobre a pr�tica do tenis de mesa por portadores de doen�a de Parkinson. A hip�tese de Takase � que atividades f�sicas que envolvam cogni��o, como concentra��o, tomada de decis�o r�pida, etc, podem beneficiar o funcionamento geral do c�rebro e, em especial, alterar de forma positiva a produ��o de neurotransmissores como a dopamina.
A tese n�o � nova. Veja-se o apelo de Janice Walton-Hadlock para que nos movimentemos. Observa��o id�ntica faz o neurologista Paulo C�sar Trevisol-Bittencourt e diversos outros autores que enfatizam a necessidade de manter uma boa condi��o f�sica para suportar melhor as consequ�ncias devastadoras sobre o sistema muscular e a mente do avan�o inexoravel da DP. Da mesma forma que os m�sculos, a mente precisa ser ativada. A ociosidade lhe � fatal. Sabe-se que atividades aparentemente simples como jogo de cartas, domin�, palavras cruzadas etc. melhoram as condi��es mentais e o humor das pessoas, quando comparadas com aquelas totalmente inativas.

Mas, Takase tem uma outra hip�tese que procura testar no caso do Parkinson. Ele acha que representa��es mentais podem ser respons�veis por manifesta��es f�sicas, inclusive pelo bloqueio ou libera��o de neurotransmissores. Na tentativa de buscar a comprova��o dessa hip�tese ele vem trabalhando com instrumentos para medir o biofeedbach. O trabalho � interessante e promissor.
Tenho usado um aparelho que ele me emprestou chamado ThouhtStream - Performance Feedback System que mede a pulsa��o e a corrente galvanica e pode ser usado para monitorar o relaxamento do indiv�duo. A id�ia de Takase � "treinar"as pessoas a controlar fatores emocionais e f�sicos como as manifesta��es do stress e trazer para o consciente o controle de a��es diversas que podem permitir mudan�as comportamentais ou funcionais do organismo. Come�amos com coisas simples. Em quanto tempo voce relaxa sentado numa cadeira com os olhos fechados, e a que nivel chega o relaxamento (o aparelho mede 8 niveis). Quanto tempo voce relaxa ouvindo m�sica? Em quanto tempo voce relaxa usando seu m�todo preferido de medita��o? E assim por diante. O passo seguinte � reduzir o tempo de relaxamento e depois treinar o indiv�duo para comandar o relaxamento em qualquer momento ou circunst�ncia. Resultado: depois de lutar com o aparelho, observando o pequeno mostrador que indica minha pulsa��o e a correne galvanica, durante meia hora, senti que melhorou o tremor. Relaxar � uma boa forma de enfrentar o tremor.

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