sexta-feira, 13 de junho de 2003

CADEIRAS DE BALAN�O

Onde est�o elas que n�o as vejo mais? Foram substituidas por m�veis sofisticados, pretensamente mais confort�veis ou modernos: as �poltronas do papai�. � uma pena, pois elas fizeram parte da nossa inf�ncia, do nosso folclore e foram objeto da aten��o de poetas, m�sicos, literatos e pintores. O disco em homenagem a Pinxinguinha traz na capa uma velha cadeira de balan�o vazia, alus�o � aus�ncia do mestre. Rosinsa Mazzillo pintou uma muito bonita em �leo sobre tela. Rubi�o, personagem do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, n�o dispensava o embalo de sua cadeira. Lima Barreto, no O Homem Que Sabia Javan�s, tamb�m coloca em cena uma cadeira de balan�o. Dizem que no museu de Guimar�es Rosa tem a cadeira que embalava o autor de Grande sert�o: veredas.

Vou seguir o conselho de Erc�lia Ferraz de Arruda Pollice. Vou correndo �(...) comprar uma cadeira de balan�o (que) embale (meus) sonhos adormecidos, de paz, de justi�a, de amor e esperan�a !! Deixe-se embalar pela cadeira de balan�o, cadeira de balan�o, cadeira de balan�o... Todos merecemos esse embalo !!�

Mas n�o quero uma cadeira de Reno Bonzon, do tipo poltronave, Contour rocker ou de de a�o . Tampouco quero uma austr�aca importada, como � de Dona Federalina, personagem de Raquel de Queiroz, ou as met�licas usadas em fisioterapias para al�vio para a tens�o muscular.
Quero algo simples onde possa ouvir m�sica, meditar e, porque n�o, adormecer.

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