sexta-feira, 27 de junho de 2003

MARYLANDES GROSSMANN

MARYLANDES GROSSMANN nasceu em S�o Paulo aos 03 de junho de 1937. � formada em Educa��o Sanit�ria de Sa�de P�blica pela Faculdade de Higiene da Universidade de S�o Paulo. Por concurso, foi nomeada Educadora Sanit�ria na Prefeitura do Munic�pio de S�o Paulo, de onde se aposentou, em virtude da Doen�a de Parkinson que a acometeu. O m�dico que havia diagnosticado a enfermidade, Dr. Jo�o Radvany, aconselhou-a a formar um clube de dan�a, pois, segundo ele, a dan�a � o melhor exerc�cio pois movimenta todos os m�sculos do corpo. Escreveu ela aos jornais de S�o Paulo, O ESTADO DE S. PAULO e SHOPPING NEWS, no m�s de outubro de 1985, uma carta convidando as pessoas acometidas pela doen�a, para um primeiro encontro, que se realizou no dia 25 de novembro daquele ano. Desse encontro surgiu a id�ia de se formar uma entidade, que se concretizou numa assembl�ia realizada no dia 10 de dezembro, onde foi fundada a ASSOCIA��O BRASIL PARKINSON. A sede desta entidade foi fixada provisoriamente em sua resid�ncia, � Rua Jos� Maria Lisboa, em S�o Paulo.
Algum tempo depois, adveio o plano econ�mico do governo federal, conhecido como Plano Funaro (Cruzado) que congelou o pre�o dos rem�dios. Os laborat�rios come�aram uma gritaria, alegando que o congelamento os havia pego no contra-p�, eis que os valores ent�o fixados estavam abaixo do custo de produ��o; come�aram eles a n�o entregar os medicamentos ao com�rcio, gerando com isso o desabastecimento do mercado, levando os doentes ao desespero. Marylandes desencadeou um movimento, acionando as autoridades p�blicas, a imprensa escrita, falada e televisiva, alertando-as para as agruras das pessoas afetadas pela Doen�a de Parkinson. Sua iniciativa provocou uma s�rie de reportagens e entrevistas com os diferentes �rg�os de divulga��o. Para culminar, o programa FANTASTICO, de larga audi�ncia em todo territ�rio nacional, entrou em contato com Marylandes, pedindo licen�a para dar o telefone da associa��o (que era o da sua resid�ncia). Com isso, sua casa foi inundada de telefonemas de todo o pa�s, inclusive do Chile e do Per� (onde o programa era captado). tirando-lhe todo o sossego e tranquilidade. Foi a� ent�o que decidiu mudar a sede da associa��o, alugando uma pequena sala num edificio no centro da cidade. Nesse novo local, contratou funcion�rios e passou a trabalhar em prol da causa. Entrou em contato com o ent�o Ministro da Sa�de, Roberto Santos (que havia sido Governador da Bahia e cuja m�e teve a doen�a) e estabeleceu com conv�nio, pelo qual a associa��o passou a receber os rem�dios b�sicos atrav�s da Central de Medicamentos (CEME) e os distribuia gratuitamente e sem burocracia aos associados, cujo n�mero aumentava a dia a dia. Conseguiu junto a um diretor de cria��o da Ag�ncia Salles de Publicidade uma campanha institucional que foi levada ao ar. Uma outra ag�ncia criou um filme tamb�m de cunho institucional de 30 segundos que foi levado ao ar pelos variados canais de televis�o, utilizando a imagem do campe�o mundical de pesos pesados, Muhammad Ali, filme esse premiado no Festival da Publicidade em Nova York. Aquela salinha tornou-se pequena e a� surgiu a id�ia de se conseguir uma sede pr�pria. Obteve-se da Prefeitura de S�o Paulo a cess�o de um terreno com 1106 metros quadrados, situado no bairro de Bosque da Sa�de, onde pretendia levantar um pr�dio e ali se instalar. Depois de uma campanha junto a v�rias empresas e pessoas f�sicas, seu esfor�o foi bem sucedido, com a inaugura��o da sede no dia 6 de maio de 1995, onde funciona at� os dias atuais. No ano de 1998, lan�ou o livro "Com Parkinson e de bem com a vida", onde relata toda as sua experi�ncia pessoal e transmite orienta��o, conselhos �teis e uma s�rie de informa��es para a vida di�ria dos parkinsonianos. Esse livro constitui um marco na literatura nacional, vindo a preencher um v�cuo existente at� ent�o sobre o assunto. Na nova sede, desenvolve-se uma s�rie grande de atividades em prol de seus associados, como, por exemplo: sess�es de fisioterapia, fonoaudiologia, oficina de artes, coral, apoio psicol�gico aos cuidadores e familiares; palestras e confer�ncias a cargo de m�dicos, fisioterapeutas, fisiatras, nutricionistas e outros profissionais que falaram sobre os variados aspectos da doen�a. Editou boletins peri�dicos, hoje transformados na revista "Beija Flor", contendo mat�rias de grande interesse geral da comunidade parkinsoniana. Com apoio de um laborat�rio farmac�utico, gravou um lindo disco com m�sicas cantadas pelos componentes do seu Coral. O coral de pessoas portadoras da Doen�a de Parkinson constitui uma experi�ncia in�dita no mundo. Al�m do coral, seu atelier de pinturas feitas pelos associados produziu obras bel�ssimas, que foram apresentadas em v�rias exposi��es, internas e externas. Essas duas �ltimas atividades t�m contribuido para melhorar a auto estima das pessoas, que se d�o conta de que ainda podem produzir coisas belas, colaborando para proporcionar-lhes maior dignidade de vida. A Associa��o, merc� de seu desempenho, foi delcarada de Utilidade P�blica nos �mbitos federal, estadual e municipal, reconhecida como de Fins Filantr�picos e agraciada com o Pr�mio "Bem Eficiente 2002" Em raz�o do progresso de sua enfermidade, deixou ela a presid�ncia da Associa��o em 10 de dezembro de 2001, que ela exercia desde a sua funda��o, tendo-lhe sido prestada uma carinhosa homenagem, com a outorga do t�tulo de Presidente Em�rita.
FONTE: associa��o brasil parkinson

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