Conversando com o Professor
Peço licença aos Leitores e Leitoras para iniciar o presente artigo com um pequeno depoimento pessoal, porque ele é necessário para introduzir a matéria principal deste artigo. Minha querida e já falecida Mãe, Erna Pasold, foi portadora da Doença de Parkinson durantes os últimos oito anos de sua vida. No caso dela a enfermidade foi diagnosticada logo ao início graças à extrema competência de dois Médicos que atuam em Florianópolis, onde eu residia à época, o Especialista em Doenças Psicossomáticas Dr. Diogo Nei Ribeiro e o Neurologista Dr. Luiz Otávio Cavallazzi.
O primeiro sintoma foi de uma depressão profunda, e procuramos o Dr. Diogo. Este, com muita acuidade e segurança, ao exame físico de minha Mãe, recomendou a ida urgente ao Dr. Cavallazi, a quem fomos no mesmo dia e ele já no início da Consulta manifestou a suspeita, logo confirmada pelos devidos exames: Dona Erna estava com a Doença de Parkinson. No dia seguinte ela iniciou o tratamento no qual predominava uma substância denominada "prolopa". O medicamento a acompanhou até o fim de seus dias (em 1988 faleceu por ataque cardíaco) e foi de tal forma exitoso que ela voltou a fazer crochê, manuseando aquelas agulhas e linhas com delicadeza e precisão, produzindo novamente – como fazia quando era totalmente saudável - belas toalhinhas de mesa.
Na condição de Filho e Amigo de minha Mãe, tornei-me um interessado no assunto e procurei, para ajudar no que fosse possível, me informar sobre esta doença que, logo de início, deixou enrijecidos os músculos de seu rosto, as suas mãos trêmulas, e que sugava impiedosamente a sua energia física e mental. Nas minhas buscas, especialmente junto aos meus ex-Colegas do Mestrado em Saúde Pública (no meu caso, com especialização em Administração e Legislação Sanitária-que realizei e conclui na Universidade de São Paulo), cheguei a uma instituição muito importante e à qual estou vinculado até hoje, procurando modestamente colaborar com ela: a ASSOCIAÇÃO BRASIL PARKINSON (site: www.parkinson.org.br).
A ASSOCIAÇÃO BRASIL PARKINSON "é uma instituição reconhecida como de Fins Filantrópicos pelo Conselho Nacional de Assistência Social, do Ministério da Previdência e Assistência Social". Conforme seus Dirigentes ela não tem fins lucrativos e sobrevive unicamente graças à contribuição de associados e voluntários "pois não conta com nenhuma outra fonte de renda". Não é preciso ser Parkinsoniano ou parente de pessoa portadora da Doença para se associar: qualquer pessoa que desejar ajudar pode; basta acessar o site acima indicado e qualificar-se para este auxílio econômico.
A Associação, entre suas relevantes atividades, edita uma revista chamada "BEIJA-FLOR", destinada a " levar informações, notícias, dicas e esclarecimentos importantes para os Parkinsonianos, familiares e interessados sobre o tema". Em seu número 57 (Ano 22= 2007) a revista "BEIJA-FLOR" trouxe como matéria de capa " Direitos do Parkinsoniano", assunto com o qual se ocupa da página 12 à página 15, tratando dos que denomina "Direitos Legais e Sociais" , da " Saúde-Tratamento e Medicamentos" , dos "Direitos Perante a Previdência Social" e outros temas jurídicos e para-jurídicos, que serão objetos de meu artigo na Coluna da próxima semana. Até lá!
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