A favor das pesquisas com

células-tronco embrionárias


No dia 5 de março, será realizada a votação no Supremo Tribunal Federal do Brasil para a utilização das células-tronco embrionárias em pesquisas, conforme autorização do artigo 5º da Lei 11.106, de 24 de março de 2005 – Lei da Biossegurança. Essa lei permite o uso científico dessas células geradas por fertilização in vitro, desde que sejam respeitados determinados critérios.



As discussões em torno desse assunto tão sério e polêmico são necessárias e devem ser levadas em conta para que, no momento em que seja consolidado como verdade, seja em prol da vida. Que os debates não se fortaleçam como entraves para a ação. É importante ressaltar que esse estudo não matará para salvar vidas – fato que fomenta a polêmica do assunto –, porque só serão usados embriões inviáveis ou congelados há mais de três anos.



A humanidade sempre evoluiu com dúvidas, o que é um processo natural de entendimento, de encontro de caminhos e respostas. Mas é notável que o tempo entre o nascimento de uma idéia, de uma possibilidade à sua aceitação, nos dias atuais, ficou bem mais curto devido à evolução da ciência e a facilidade do ser humano obter informações sobre as questões que o cercam. E essa é a velocidade que esperamos que impulsione e, de forma positiva, a votação do uso científico das células-tronco no Supremo Tribunal Federal.



A não-aceitação desse projeto significará um retrocesso na comunidade científica brasileira que acredita que essas pesquisas trarão esperança a milhares de pessoas doentes que aguardam a cura ou, pelo menos, para que vivam com mais qualidade de vida.



Nenhuma verdade deixará de ser reconhecida quando chegar o seu tempo. Por mais que a contestem, ela permanecerá, porque a sua maturação está fundamentada em pesquisas sérias e estudos conscientes em benefício do futuro e crescimento da humanidade.



GRUPÁDUA PARKINSON RJ – Grupo de Apoio aos Parkinsonianos de Santo Antônio de Pádua

Monica de Oliveira Souto