terça-feira, 11 de outubro de 2011

Óxido Nítrico: a ligação 'Wireless' do cérebro

TERÇA-FEIRA, 11 OUTUBRO 2011 - Uma equipa multidisciplinar de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) conseguiu quantificar a produção, em tempo real e in vivo, de óxido nítrico (NO) e o seu raio de difusão no cérebro, uma medição decisiva para perceber a dualidade de ação desta molécula, já definida como molécula “revolucionária” porque é um radical livre e atua simultaneamente como um neuromodelador e uma neurotoxina, ou seja, tem uma ação positiva ao nível da memória e da aprendizagem e uma ação nefasta ao nível da morte celular associada a doenças neurodegenerativas.

Com estes resultados, cujos estudos se iniciaram há mais de uma década, a equipa multidisciplinar liderada por João Laranjinha, da Faculdade de Farmácia e do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), demonstrou que a molécula NO é, fazendo uma analogia, «a ligação wireless do cérebro porque o NO produzido nos neurónios é o mediador do acoplamento neurovascular, isto é, além de ter um papel central para a sobrevivência dos neurónios “faz a ponte” entre o sistema nervoso central e o sistema vascular».

Ao conseguir medir e descrever a dinâmica da concentração de óxido nítrico no cérebro, os investigadores de Coimbra criam muito boas perspetivas para «determinar de que modo a molécula deixa de ser benéfica e passa a ser tóxica e, assim, desenvolver métodos que interfiram nos mecanismos por ela modulados para evitar a morte celular associada a doenças neurodegenerativas como Alzheimer ou Parkinson», explica João Laranjinha. (segue...) Fonte: PT Jornal.pt.

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