segunda-feira, 10 de outubro de 2011

SONHOS QUE ALIMENTAM
Texto: Domingos Sávio Azevedo Cabral, presidente da Associação Potiguar dos Portadores de Parkinson (APOPP), fundada em 16 de maio de 2011, em Mossoró, com sede em Natal.

Desde menino que nos alimentamos de sonhos, escutava dos adultos que sonhos se realizam, que sonhos era a forma de edificar a sua proposta de realização de sua vida, sonhos era isso e aquilo, que devíamos sonhar com as pretensões do futuro, que menino bom era menino que sonhava sendo padre, medico ou advogado pensava que era uma educação mais especifica da minha família, mas aos poucos fui entendendo que se tratava de uma cultura, porém até chegar a essa conclusão cresci pensando nos meus sonhos.
Intrigante havia uma diferença entre meus sonhos e das minhas 05 cinco irmãs todas pensavam em casar, mas havia papai que sonhava também, e eram sonho consistente da cultura vigente, casamento e freira para as meninas e padre e medico para os homens com uma leve concessão para advogado.
Outro fato é que a oferta de sonhos das meninas era menor, até hoje não sei se preconceito ou conservadorismo cultural. Não importa não estou fazendo analise de comportamento da família, quero mesmo é escrever minha crônica.
Pensei sonhar é tão bom que meus neurônios esqueceram a fragilidade causada pela ausência da dopamina e reativou sua capacidade de reproduzir e clareou as minhas idéias e decifrou que deveria socializar meu sonho de portador de Parkinson e sugerir a todos os parkinsonianos sonhar conjuntamente formando uma só célula de pensamentos positivos e sair por ai com rumo certo e metas a alcançar o desejo da cura, amenizando o liame existente entre a ação progressiva da doença e a possibilidade da cura. Compreendi que amenizando a ação progressiva da doença otimizava mesmo em sonhos a cura do Parkinson, e reativa o sonho da ciência, que prenuncia seus resultados para médio prazo.
Reportando o sonho de meu pai em ter um filho padre, hoje o destino me coloca entre o sonho da cura e a concessão da cura, pela fé, justamente pela intervenção de um padre; o Santo Padre João Paulo II. A maior celebridade portadora de Parkinson.


Meu sonho se transforma em Fé, ou vou sonhar com a fé transformando meu sonho em realidade. Ainda bem que aumentou a oferta de sonhos e a possibilidade igualmente de cura. Assim já estou falando de sonhos, cura e fé, e quando comecei minha intenção era escrever apenas de sonhos. No entanto eis uma seqüência que fui tecendo meu texto; sonhos que me remeteu a ciência que me levou ao Santo padre, que me leva a fé,
Penso, tenho que fazer a junção desses personagens dos meus sonhos e ter a convicção que o sonho tem que ser sonhado com a visão de um futuro realista digno de provocar quando descritos outros sonhos nos incrédulos.
Quem faz parte desse cenário? A ciência, a religião, a saúde publica, que convencionalmente o reconhecemos como mercado do sistema de saúde. Os parkinsonianos como os protagonistas dos sonhos. Mas isso já não é mais um sonho já se configura como um planejamento. Eu não quero fazer um planejamento eu quero sonhar com a idéia que seja tão animadora que me projete para descobrir a cura do Parkinson. Ou então provoque as mudanças necessárias no sistema de saúde publica.
Pensando bem, ambos se configuram como um verdadeiro milagre. Esperar a cura do Parkinson e simultaneamente o saneamento da saúde publica está muito mais para milagre do que para sonho. Essa situação me lembra um pensamento de Albert Estein: “ Há duas maneiras de viver uma vida: A primeira é pensar que nada é um milagre. A segunda é pensar que tudo é um milagre. Do que estou seguro é que Deus existe.”
Na segurança de Estein e na convicção de minha fé, prefiro acalentar meus sonhos cujo personagem principal é DEUS. A vontade é minha, mas concedo a decisão a Deus.

Domingos Savio Azevedo Cabral

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