quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Medicamento do Parkinson fornecido abaixo das necessidades / INFARMED / Portugal

(ATUALIZADA) Investigação do Infarmed permitiu concluir que a procura do "sinemet" aumentou nos últimos anos, mas não foi acompanhada pelo necessário reforço da oferta.

19-09-2012 - O medicamento contra a doença de Parkinson que já há vários meses estava com problemas de abastecimento no mercado estava, afinal, a ser fornecido em quantidade insuficiente tendo em conta a atual procura pelos doentes, que era cerca de 20% acima do que era colocado no mercado "Constatou-se que o abastecimento regular do mercado nacional está a ser efetuado com base em dados estatísticos que já não correspondem à necessidade efetiva do mercado", justifica o Infarmed.

O regulador do mercado do medicamento lançou na passada sexta-feira uma operação de fiscalização, que terminou no domingo, para perceber a origem da falha do sinemet, um medicamento que os doentes diziam ter dificuldade em encontrar nas farmácias, apesar de o laboratório garantir que tem colocado no mercado mais embalagens do que seria necessário. E divulgou um mail e um contacto para que os doentes denunciassem casos de farmácias onde registassem essa lacuna.

E segundo as conclusões, a que o DN teve acesso, não foi identificado qualquer problema nem na produção nem na distribuição do fármaco (farmácias ou armazenistas) havendo antes um abastecimento do mercado que estava muito abaixo das atuais necessidades e que ainda não tinha sido revisto.Ao que o DN apurou, mensalmente eram colocadas à venda cerca de 40 mil embalagens, mas as necessidades reais rondavam os 60 mil.

Segunda a nota de imprensa, "o resultado das diversas diligências realizadas pelo Infarmed (ações inspetivas e outras) e da importante colaboração de diferentes parceiros, entre eles a APIFARMA, a ANF e as associações de doentes/profissionais de saúde da área da doença de Parkinson, demonstraram que não existe rutura de stock do referido medicamento, nem foram apurados atos ilícitos que contribuíssem para as dificuldades relatadas"

O Infarmed já contactou o empresa que produz este fármaco que iria desde já reforçar o mercado com o stock de que dispõe. E passará a produzir este fármaco nas embalagens suficientes, esperando-se que a oferta esteja regularizada no prazo de um a dois meses.

As queixas relativas à oferta começaram em março, e apesar de uma primeira ação do Infarmed, o panorama não se terá alterado. Apesar de o regulador do medicamento referir que os relatos dos doentes "não coincidem com a informação transmitida pelo responsável pela colocação do medicamento no mercado, que garante estar a abastecer regularmente" o circuito, decidiu investigar a causa deste problema e alertou os doentes para não correrem para as farmácias para comprar o máximo de embalagens, já que poderia agravar o problema. Estima-se que em Portugal 80% dos 25 mil doentes necessitem deste medicamento.

O Infarmed reiterou ainda que "manterá uma vigilância ativa sobre todas as situações que impeçam o regular abastecimento de qualquer medicamento no mercado nacional e não negligenciará as suas responsabilidades, desenvolvendo ações semelhantes à agora concluída, de modo a garantir o regular funcionamento do circuito do medicamento". E apela aos doentes e parceiros que mantenham a vigilância e denunciem situações de eventual rutura como até aqui. Fonte: Diario de Noticias.pt.
O aumento da prevalência do Parkinson é fenômeno global. As autoridades da saúde que se liguem.

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