sábado, 17 de novembro de 2012

Patentes das drogas mais lucrativas começam a cair no país

No RS, patente é sinônimo de vaso sanitário.
15/11/2012 - As patentes que protegem os medicamentos biológicos de segunda geração -classe de remédios mais lucrativa hoje- estão começando a deixar de valer no Brasil, e a chance de produzir drogas similares a eles já movimenta a indústria farmacêutica.

Embora os biológicos correspondam a apenas 1% dos medicamentos do SUS, eles consomem 43% dos recursos destinados à compra de remédios. A estimativa do Ministério da Saúde é que, só neste ano, o gasto com eles chegue a R$ 4 bilhões.

São os remédios considerados de ponta para o tratamento de doenças como câncer, esclerose e artrite reumatoide. Mas criar versões "genéricas" deles é bem mais complexo do que fazer o mesmo com outras drogas.

Ocorre que esses fármacos são feitos com substâncias produzidas por células vivas. Eles têm moléculas muito mais longas e complexas do que os remédios comuns, feitos por processos químicos.

Por isso, embora seja viável desenvolver remédios com ação muito parecida, é praticamente impossível que uma farmacêutica diferente da que criou o produto chegue a algo exatamente igual.

Como não são rigorosamente idênticos, não podem ser chamados de genéricos, mas sim de biossimilares.

OS PRIMEIROS
Já há no mercado biossimilares de produção mais simples (de biológicos de primeira geração), como insulinas e heparinas. Mas o "filé mignon" da indústria, como os caros anticorpos monoclonoais, ainda está para chegar.

No país, as primeiras patentes de biológicos de segunda geração a perderem a validade foram as do etanercepte, para artrite, e do rituximabe, para linfoma não Hodgkin (câncer). (...)

Independentemente disso, especialistas afirmam que não se deve esperar uma redução no custo final dos medicamentos equivalente à que houve com a chegada dos genéricos, devido à complexidade da produção. Fonte: Folha de S.Paulo.
Editado com LibreOffice Writer

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