quinta-feira, 18 de abril de 2013

BIAL vai vender no Japão o medicamento da BIAL contra Parkinson, o segundo fabricado em Portugal

QUINTA-FEIRA, 18 ABRIL 2013 - Pela primeira vez, a BIAL vai vender um medicamento no Japão. O Opicapone, tratamento para a doença de Parkinson, é o segundo fármaco desenvolvido em Portugal e o primeiro a ter uma licença para ser comercializado, em exclusivo, no terceiro maior mercado mundial.

A BIAL vai vender no Japão o Opicapone, o segundo medicamento patenteado e desenvolvido pelo laboratório nacional. O fármaco, destinado ao tratamento da doença de Parkinson, vai ser comercializado em exclusivo por uma empresa japonesa, na sequência de um contrato de licenciamento anunciado hoje pela BIAL.

“É um momento histórico, significativo e de grande satisfação para toda a equipa”, admitiu o presidente da BIAL, António Portela, justificando-se: “fomos capazes de criar e desenvolver um segundo medicamento de investigação própria, confirmando as nossas capacidades científicas e técnicas e criando confiança na sustentabilidade do nosso projeto de I&D”.

O laboratório, que já tinha criado o Zebinix (acetato de eslicarbazepina) para o tratamento da epilepsia, vai estrear-se a colocar um fármaco no terceiro maior mercado farmacêutico, apenas superado pelos EUA e pela União Europeia: dois mercados onde o Zebinix é comercializado.

A venda do Opicapone no Japão será assegurada pela farmacêutica ONO, que além do pagamento inicial terá de enviar prestações que variam consoante a performance comercial e o próprio desenvolvimento do medicamento. A principal área de atividade desta empresa japonesa é o desenvolvimento de medicamentos inovadores em áreas específicas, como acontece com a doença de Parkinson.

O Opicapone ainda está na fase III de ensaios clínicos, os testes confirmatórios que visam provar a eficácia, determinar a tolerabilidade e a segurança do futuro medicamento, sendo desenvolvido como terapêutica adjuvante da levodopa, fármaco de maior eficácia na terapêutica sintomática da doença de Parkinson, esclarece o comunicado da BIAL.

“Com a evolução da doença, os doentes de Parkinson desenvolvem o fenómeno ‘wearing off’ (deterioração de fim de dose), em que a duração do efeito da levodopa é diminuída. Para responder ao ‘wearing off’ é utilizada terapêutica adjuvante para manter ou aumentar o efeito da levodopa”, refere ainda a mesma nota.

Assim que terminem estes ensaios, o laboratório nacional irá avançar para o registro do fármaco junto das autoridades regulamentares para a posterior aprovação e introdução no mercado. Depois do licenciamento para o mercado japonês, a empresa vai focar-se em “encontrar os parceiros ideais para os EUA e a Europa”, revelou António Portela. Fonte: PT Jornal.pt.

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