sábado, 17 de agosto de 2013

Doentes de Parkinson sem medicamentos / Portugal

Farmácias estão com falhas no stock de rasagilina, um importante remédio antiparkinsónico.

Sexta feira, 16 de agosto de 2013 - Os doentes de Parkinson não estão a conseguir comprar um dos medicamentos mais importantes e inovadores contra a doença por falhas de stock nas farmácias. As dificuldades no acesso à rasagilina estão a verificar-se por todo o país, mas acentuaram-se no último mês.

Ao Expresso, a Autoridade Nacional do Medicamento, o Infarmed, confirmou as queixas dos doentes. "Recebemos informação de quatro farmácias que nos reportaram dificuldades no acesso aos fornecedores do medicamento", explicam os responsáveis. Os constrangimentos no abastecimento são igualmente reconhecidos pela Associação Nacional das Farmácias. "Confirmamos que há falta de medicamentos, mas desconhecemos as razões", admite a direção da associação.

O Infarmed revela ainda que tem "recebido contactos de doentes que não conseguem comprar o medicamento", mas que, mesmo assim, "as situações têm sido resolvidas através de contactos com a farmácia e os distribuidores". Por isso, faz um apelo aos doentes para que contactem o Infarmed caso não estejam a conseguir adquirir a rasagilina.

O fármaco, com preço de venda ao público de 99,99 euros e comparticipado pelo Estado em 90%, é produzido pela Teva Pharma. O Expresso tentou contactar o laboratório, mas a mensagem é de que as instalações estão encerradas.

O presidente da Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson, José Luís Mota Vieira, revela que vai agir para fazer pressão junto do Ministério da Saúde e do Infarmed: "Vamos pedir aos nossos doentes para que lhes façam chegar reclamações." E José Luís Mota Vieira faz críticas ao regulador do medicamento. "Para o Infarmed, se o doente encontra o medicamento à 5ª ou 6ª farmácia já não há rotura, mas isto prejudica muito o doente porque o stresse e a angústia são prejudiciais para as doenças do foro neurológico."

Ontem, o presidente da Sociedade das Doenças do Movimento, o neurologista Joaquim Ferreira, já tinha afirmado que a situação era crítica.

Mas esta não é a primeira vez que se verificam falhas no acesso a fármacos antiparkinsónicos. No ano passado, por exemplo, os doentes tiveram de lidar com a falta de Levodopa/Carbidopa. Fonte: Expresso.pt.

Enquanto isso, aqui no pa-tro-pi, remédio de ponta, tipo rasagilina, é miragem! E estão para começar a fabricar o obsoleto Sifrol, não ER, com toda a pompa! O que se dirá de rotigotina então?

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