— Eu tinha uma vida normal. Gostava de pescar, sair, sempre trabalhei muito, até depois da aposentadoria. Os tremores começaram de leve e foram aumentando gradativamente. Isso me fez ficar sem autoestima, fez com que eu parasse de realizar as minhas atividades. Com a cirurgia, espero voltar a pescar, trabalhar, a fazer o que eu gosto sem deixar preocupar ninguém da minha família. O Instituto do Cérebro me fez ter esperanças nesses dias melhores e eu agradeço muito aos envolvidos — disse Paulo.
Até conhecer o médico Paulo Niemeyer, diretor de neurocirurgia do Instituto do Cérebro, Paulo foi avaliado por seis neurologistas e já estava perdendo as esperanças de acabar com os tremores. Assim que o atendimento ambulatorial começou a ser realizado no Instituto, Paulo, que já estava sendo atendido na Unidade de Pronto Atendimento de Cabo Frio, foi chamado para uma consulta na unidade. A esposa dele, a aposentada Marise Quintanilha, conta que os remédios que eram receitados pelos médicos surtiam efeito em um espaço muito curto de tempo e que quando Paulo viu a possibilidade de cirurgia, ficou com medo, mas topou o desafio.
— Os tremores aumentavam cada vez mais, deixando Paulo ansioso e sem vontade de sair de casa. Com esta cirurgia, estamos esperançosos e gratos pelo atendimento tão humanizado daqui do Instituto — comemora Marise.
O Instituto Estadual do Cérebro atende exclusivamente pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e é o primeiro centro voltado para o tratamento de doenças neurocirúrgicas do país. O projeto integral do Instituto Estadual do Cérebro recebeu quase R$ 80 milhões em investimentos em obras e equipamentos de última geração. O complexo que compreende o IEC e o Hospital Estadual Anchieta, no Caju, conta com 44 leitos de UTI e outros 56 de retaguarda (enfermaria) nesta primeira fase. Serão construídos ainda outros 100 novos leitos na segunda fase.
A nova unidade do Estado se dedica exclusivamente a casos cirúrgicos e terá técnicas inéditas na rede pública, incluindo a sala híbrida, que possibilita a realização de exame de ressonância magnética durante a cirurgia, com o paciente ainda na mesa de operação. Há também o primeiro Centro de Epilepsia do estado do Rio de Janeiro e UTI exclusiva do protocolo do AVC isquêmico. A previsão é realizar de 8 a 10 cirurgias por dia, garantindo assim uma das maiores produções do país neste tipo de procedimento.
Desde o dia 24 de junho, mais de 180 pacientes já foram atendidos no ambulatório da unidade e preparados para as cirurgias que começam no dia 1º. de agosto. A unidade vai concentrar o tratamento de doenças do sistema nervoso central e periférico, como tumores e doenças vasculares e degenerativas. Serão quatro centros cirúrgicos, dos quais dois terão capacidade de realizar cirurgias neuronavegacionais, operação menos invasiva feita por computador e espaço de fisioterapia que reproduz uma residência para a readaptação dos pacientes após AVCs. Fonte: Globo G1.
Quais seriam os passos para se conseguir realizar a cirurgia, em casos da doença já diagnosticada há mais de 5 anos?
ResponderExcluirMinha mãe já tem a doença há 10 anos, atualmente está com 67 anos e faz o tratamento na Integra, porém começou a apresentar falhas na memória e esquecimentos. Os tremores também aumentaram. A Médica que a atende cogitou a possibilidade de uma cirurgia. Onde podemos conseguir ? Teríamos no serviço publico ? Pois as condições financeiras não são boas.
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