quinta-feira, 17 de julho de 2014

EUA emitem alerta após morte de menina por ameba que "come" cérebro

O parasita vive em água doce e pode entrar no corpo humano pelo nariz. Os casos de infecção, entretanto, são raros

REDAÇÃO ÉPOCA
16/07/2014 18h18 - Atualizado em 16/07/2014 18h24
Hally Yust, de 9 anos, morreu infectada por ameba (Foto: Arquivo pessoal)
O Estado americano do Kansas emitiu um alerta sanitário após a morte de uma menina de nove anos contaminada por uma ameba que devora o cérebro.
Hally Yust morreu na semana passada. Ela passara os dias do feriadão de 4 de Julho (Independência dos Estados Unidos) se divertindo em lagos do Kansas. Testes de laboratório verificaram que a menina contraiu o parasita Naegleria fowleri, que vive em água doce. No alerta, o Departamento de Saúde e Ambiente do Kansas afirma que o risco de infecção é muito baixo, mas aumenta no verão, quando as águas estão mais quentes e as pessoas fazem mais atividades nesses loacis. De 1962 a 2013, foram registrados 132 casos no Estados Unidos. Desses, 34 aconteceram nos últimos dez anos.
Hally adorava brincar na água. Ela praticava esqui aquático. Apesar do sofrimento com a morte da menina, os pais dela disseram em entrevista a uma TV americana que as pessoas não devem temer as atividades aquáticas. “Devia estar muito chato no céu nas últimas semanas e, então, Deus procurou na Terra e achou a pessoa mais interessante, dinâmica e fantástica que Ele poderia achar e disse: 'Hally, você tem de vir comigo'", afirmou a mãe da garota.
Normalmente, a ameba entra no corpo humano pelo nariz, quando a pessoa está nadando com a cabeça submersa, e chega ao cérebro. Por isso, entre as recomendações do órgão sanitário americano estão fechar as narinas, utilizar pregadores nasais ou manter a cabeça acima do nível da água.
Os sintomas, que surgem cerca de cinco dias após a infecção, são dor de cabeça, febre, náusea, vômito, torcicolo, confusão, desatenção, perda de equilíbrio, ansiedade e alucionações. A doença não é transmitida entre humanos e não pode ser contraída bebendo-se água. Piscinas tratadas também não têm risco.
Outro Estado americano, a Flórida, já havia alertado no mês passado sobre os riscos da infecção. Em 2013, Zachary Reyna, de 12 anos, morador do Estado, morreu vítima da ameba, após entrar em lago perto de sua casa.
Também no verão do ano passado, Kali Hardig, de 12 anos, do Arkansas, foi infectada pela Naegleria fowleri. Ela sobreviveu. Dos 132 casos registrados desde 1962, somente Kali e mais dois pacientes tiveram essa sorte.
Fonte: Revista Época / G1.

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