sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Enfermeira dos EUA desafia regras de quarentena por ebola e sai de casa

Kaci Hickox teve resultado negativo para ebola depois de voltar da África.
A enfermeira saiu de sua casa para passear de bicicleta com namorado.
Kaci Hickox anda de bicicleta com o namorado, Ted Wilbur, por uma estrada rural (Foto: AP Photo/Robert F. Bukaty)
30/10/2014 - Uma enfermeira do estado norte-americano do Maine, que ameaçou processar o governo devido a uma quarentena de ebola que ela considera não ter base científica, desafiou as ordens das autoridades e saiu de casa para um passeio de bicicleta nesta quinta-feira (30), mostraram imagens de televisão.
Kaci Hickox saiu de sua residência em Fort Kent para passear de bicicleta pela manhã com o namorado, de acordo com a "MSNBC" e outras emissoras.

Hickox, de 33 anos, teve resultado negativo para um exame de ebola realizado após voltar da África Ocidental, onde tratou pacientes com a doença. Ela disse que pretende levar o caso aos tribunais se o estado não suspender a quarentena até esta quinta-feira.

Ela já tinha dito, na quarta-feira, que iria questionar as restrições de seu estado natal e que não planejava seguir as diretrizes que exigem que ela fique em quarentena até o dia 10 de novembro.

“Se as restrições impostas a mim pelo estado do Maine não forem suspensas até a manhã de quinta-feira, irei ao tribunal lutar pela minha liberdade”, declarou ela em uma entrevista ao programa “Today”, do canal de televisão NBC.

Em várias entrevistas à mídia, Hickox afirmou estar bem de saúde e não exibir nenhum sintoma do vírus que assinale o período no qual uma pessoa infectada pode transmitir a doença. Falando em sua casa de Fort Kent, no Maine, ela disse que vem monitorando e medindo a temperatura duas vezes por dia.
Mas ela criticou veementemente as diretrizes estaduais que exigem que ela permaneça isolada em casa por 21 dias – tempo máximo de incubação do vírus –, declarando estar “abismada” com as restrições, que considera inconstitucionais e não serem baseadas na ciência. “Não pretendo me ater às diretrizes”, disse ela à NBC, na quarta-feira.

Os advogados de Hickox declararam aos canais ABC e NBC que as autoridades do Maine terão que ir aos tribunais para impor uma quarentena e que, se o estado o fizer, sua cliente irá contestar a medida.

A Casa Branca comentou que o presidente Barack Obama espera que as autoridades estaduais tomem uma decisão baseada na ciência para determinar ou não a quarentena a profissionais que voltam da Árfica Ocidental, mas que a decisão é do estado.

Perguntado sobre a situação de Hickox, o porta-voz da Casa Branca disse que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças está em contato com as autoridades de saúde pública do Maine.

Hickox trabalhou com a organização Médicos Sem Fronteiras para ajudar a tratar pacientes com o vírus em Serra Leoa e questionou seu isolamento inicial em Nova Jersey.

“Eu me sinto absolutamente ótima”, declarou no programa “Good Morning America”, da ABC. “Estou totalmente livre dos sintomas.” Fonte: Globo G1.

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