terça-feira, 28 de abril de 2015

Dança é novo tratamento para o Mal de Parkinson

Atividade melhora equilíbrio, movimentos, memória e autoestima do paciente

28/04/2015 - Rio - O Mal de Parkinson provoca problemas motores e leva os pacientes a desenvolver até mesmo quadros de depressão. Mais do que remédios e sessões de fisioterapia, dançar pode ser uma solução divertida e eficaz no combate à doença neurológica, aponta estudo da Universidade McGill, do Canadá. Amanhã, 29 de abril, é Dia Internacional da Dança.

Os pesquisadores identificaram relativa melhora no equilíbrio dos pacientes, assim como no desenvolvimento de funções cognitivas devido à necessidade de memorização dos passos. Também foi observado um maior engajamento dos participantes dos testes em seguir o tratamento da doença.

De acordo com o neurologista da Life Clínica, Luis Eduardo Belini, fazer aulas de dança traz até quatro benefícios para os pacientes com Parkinson. O principal é a melhora dos movimentos. “Todo portador do mal sofre de rigidez muscular. A dança, ao mexer os quatro membros e exigir movimentos repetidos, deixa o corpo mais relaxado e garante maior mobilidade”, explica.

Outro efeito da doença neurológica é a redução da autoestima e a baixa dos níveis de dopamina, que podem provocar até depressão. Isto ocorre porque o paciente vai vendo seu corpo se deteriorar enquanto mantém a consciência preservada, diz Belini.

Segundo ele, a sensação de prazer ligada à dança pode melhorar o quadro depressivo do portador. “Ao fazer qualquer atividade física, a pessoa aumenta a produção de endorfina, hormônio que está associado ao bom humor e ao bem-estar”, afirma o especialista.

Além disso, o profissional garante que dançar melhora outros dois problemas muito comuns em pacientes com Parkinson. Um é a constipação. “A dança estimula um melhor funcionamento do intestino”, aponta o médico. Outro são os transtornos do sono. “Quem se exercita durante o dia, está mais cansado de noite e vai conseguir dormir melhor”.

Para que a dança produza todos os efeitos prometidos, Belini aconselha a prática da atividade ao menos três vezes por semana. Outra dica é buscar fazer as aulas com outros portadores. “A melhora de um vai dar mais condição para os demais se empenharem”, garante ele. Fonte: O Dia.

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