segunda-feira, 4 de maio de 2015

MEDICAMENTOS ANTIDEPRESSIVOS PARA O TRATAMENTO DE PARKINSON

03/05/2015 - Muitos pacientes com Parkinson sofrem de sintomas de depressão e, podem procurar tratamento através de medicamentos antidepressivos. Um dos medicamentos recentemente desenvolvidos é o mirtrazapina, uma classe de drogas conhecidas como noradrenérgicos e serotoninérgicos específicos antidepressivos. Estudos mostram que pacientes com Parkinson consumindo esses medicamentos exibem algum alívio dos tremores musculares que acompanham essa condição, indicando a possibilidade que essa classe de antidepressivos pode também ser benéfica como agente terapêutico para combater essa doença.

A patologia do Parkinson é caracterizada pela disseminação da morte de células de neurônios no cérebro, o que secreta o neurotransmissor dopamina e, contribui para as vias neuronais que regulam o movimento do corpo. Restauração dessas funções motoras perdidas na doença de Parkinson é atualmente através da administração de compostos precursores que são quimicamente similares a dopamina, mas crucialmente são capazes de cruzar a barreira hematoencefálica. O padrão ouro para esse tipo de tratamento é a L-dopa química a qual, com eficácia, pode ter efeitos adversos não esperados após o tratamento em longo prazo. Similarmente, efeitos adversos também são aparentes em algumas classes de drogas antidepressivas, apesar da mirtrazapina ter mostrado menos efeitos adversos.

Análises dos subprodutos metabólicos desses tratamentos diferentes revelaram um aumento substancial na taxa de reposição de dopamina tanto em ratos tratados com mitrazapina e aqueles administrados com neurotoxina. Esses resultados portanto sugerem que aqueles neurônios ainda permanecem após o tratamento com neurotoxina podem compensar pela perda de dopamina através do aumento da taxa de produção, enquanto a mitrazapina pode ser capaz de facilitar diretamente a liberação subsequente ou reciclagem do neurotransmissor chave. Apesar do mecanismo preciso por trás desse achado ainda deve ser resolvido, a função dúbia não esperada de um antidepressivo exibindo efeitos terapêuticos em um modelo e doença de Parkinson pode provar em ser uma avenina valiosa de exploração na pesquisa para tratamentos eficazes futuros. Fonte: Ludovica.

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