Um depoimento pessoal

16/09/2010 - Procuro manter certo distanciamento quanto a emitir juízos de valor com relação aos diversos tratamentos medicamentosos para doença de Parkinson. Isto porque cada caso é um caso, e particularmente a suscetibilidade aos efeitos positivos e negativos de cada medicamento ser fator estritamente pessoal.

Mas creio chegada a hora de deixar de ser um rabugento politicamente correto.

Atualmente uso levodopa (Prolopa ou Levodopa + Carbidopa genérico do laboratórioTeva) três meios comprimidos ao dia, cloridrato de biperideno (Akineton) três comprimidos ao dia, amantadina (Mantidan) um comprimido ao dia; e piribedil (Trivastal Retard) três comprimidos ao dia.

Este Trivastal me foi apresentado por um PcP que conheci na minha fisioterapia. Eu estava com discinesias quando tomava seis meios comprimidos ao dia de levodopa (a cada duas horas). Lentamente substitui três doses de levodopa por três de Trivastal Retard (um agonista dopaminérgico) e melhorei, alternando um e outro. Qual a vantagem?

Os efeitos colaterais do Trivastal são desprezíveis, tanto que a compra dispensa receita, é vendido livremente e não tem custo proibitivo. A coragem para tomar este “novo” remédio vem do fato de já ter tomado o agonista pramipexole (Mirapex e Sifrol) sem nenhum efeito positivo observável, o trihexyphenidyl (Artane), e nada pode ser pior que este em pára efeitos (alucinações), isto tudo sem contar os efeitos colaterais do levodopa (ideações suicidas) e as restrições na alimentação.

Consultado neurologista este informa que o piribedil não é normalmente receitado por ser comparativamente menos eficaz do que o pramipexole. Ora, esta eficácia deve ser questionada, este pode causar compulsões e ainda “fura o bolso”. Aquele pode ser ingerido juntamente com alimentos, sem restrições.

Consulte seu neurologista e questione sobre o Trivastal. Para mim está sendo ótimo! Não substitui o levodopa, mas pode ser um eficiente coadjuvante sem os importantes pára efeitos...