sexta-feira, 24 de maio de 2013

Cartilha alerta sobre armazenamento de cordão umbilical

Agência quer derrubar mitos que existem em torno da prática, feita no País por 17 bancos de sangue privados
24 de maio de 2013 | A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lança hoje uma cartilha com verdades e mitos sobre o armazenamento de sangue do cordão umbilical e da placenta. A iniciativa surge como contraponto à propaganda de clínicas privadas, muitas vezes enganosa. "Queremos esclarecer, trazer todas as informações necessárias para que as pessoas possam questionar: vale a pena recorrer a um serviço particular?", diz o gerente-geral de Sangue, Tecidos, Células e Órgãos da agência, Daniel Coradi.

Segundo ele, há 17 bancos de sangue privados de cordão umbilical no País, que juntos armazenam aproximadamente 70 mil bolsas. O material, coletado no parto, é visto pelas famílias como precaução terapêutica: a criança quando crescer ou algum membro da família poderia se valer das células-tronco para o tratamento de doenças.

A estratégia não é barata. Famílias pagam de R$ 5 mil a R$ 7 mil para coletar o material no parto e cerca de R$ 800 anuais para manutenção. "É como vender terreno na lua. Algumas clínicas afirmam que as células poderão ser usadas para tratar Parkinson, Alzheimer e alguns tipos de câncer. Mas não há nada atualmente que comprove isso", diz o presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, Carmino Antonio de Souza.

O sangue de cordão umbilical, assim como a medula, é rico em células-tronco. Atualmente, o material tem sido usado para tratar pacientes com doenças hematológicas. O tratamento é feito basicamente em bancos públicos, que armazenam células-tronco de doações, e para ter acesso é preciso apenas que haja compatibilidade.

Quando não há material compatível, a busca é feita em bancos de sangue umbilical do exterior, com os quais o País tem convênio. Segundo Coradi, a prática é comum. "Recebemos, em média, dois pedidos semanais." Ele diz que mais de 12 mil pacientes no mundo são tratados com transplantes de células-tronco armazenadas em bancos públicos. Há a possibilidade de o SUS financiar o uso do material do doador ou parente, se estiver disponível.

Segundo ele, a chance de uma criança necessitar das próprias células-tronco é baixa - das 45.661 unidades de sangue de cordão armazenadas nos bancos até 2010, só 3 foram usadas em transplante na própria pessoa. "Em muitos casos, o uso do sangue de cordão armazenado é contraindicado." Isso porque pode ter o mesmo defeito. Fonte: O Estado de S.Paulo.

Um comentário:

  1. Gostaria que as informações fossem avaliadas com mais cuidado para postagem. Há, sim, pesquisas em todo o mundo que apontam para o sucesso no tratamento de Mal de Parkinson com células-tronco.
    Notícias mal colocadas e mal interpretadas podem destruir vidas.

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