domingo, 14 de setembro de 2014

Liga de futebol americano diz que um quarto de jogadores terminarão com problemas cerebrais

sábado, 13 de setembro de 2014 - (Reuters) - Cerca de um em cada quatro jogadores da Liga Nacional de Futebol Americano, a National Football League (NFL), deve terminar sofrendo de demência, Alzheimer, Parkinson ou outras deficiências cognitivas durante a vida, de acordo com um relatório apresentado pelos advogados da liga em um tribunal.

A NFL apresentou o resumo das conclusões de um estudo atuarial que tinha encomendado para o Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o leste da Pensilvânia na sexta-feira, como parte do litígio em curso entre os ex-jogadores e a liga.

O estudo realizado pelo Segal Group, com sede em Nova York, usou um banco de dados com o histórico clínico de jogadores aposentados como parte de seu método.

O relatório parece ser a declaração mais definitiva que a NFL já fez sobre os perigos do esporte, por vezes violento, no qual jogadores podem ter concussões quando batem seu capacete com o de outros jogadores.

O relatório afirma que 28 por cento da "população geral de jogadores" e um terço dos 5.000 requerentes que processaram a liga serão diagnosticados com transtornos cognitivos durante a sua vida, de acordo com os documentos submetidos ao tribunal.

As chances de os jogadores desenvolvem esses problemas "são materialmente mais elevadas do que o esperado para a população em geral", afirmou o resumo dos advogados sobre o relatório. Os jogadores irão desenvolver esses diagnósticos "em idades notadamente mais jovens que a população geral", acrescentou o resumo.

Em 2013, a NFL concordou em pagar mais de 760 milhões de dólares para resolver um processo movido por mais de 4.500 ex-jogadores que processaram a liga, acusando-a de esconder os perigos de lesão cerebral enquanto lucrava com a violência do esporte.

Em junho, a liga concordou em retirar um teto de 675 milhões de dólares que tinha colocado para os pagamentos aos ex-jogadores.

A NFL contratou o Segal Group para completar o estudo para ver se o dinheiro reservado para o pagamento iria cobrir todas as reivindicações.

Brad Karp, um dos advogados da NFL no processo, disse em um comunicado que os modelos do Segal "não refletem uma previsão do número de jogadores que irão sofrer lesões".

"Eles têm a intenção de mostrar ao tribunal que mesmo que um número inesperadamente alto de jogadores tenham se ferido, ainda haveria dinheiro suficiente para pagar as reivindicações."
(Por Brendan O'Brien ) Tradução Redação São Paulo. Fonte: Reuters.

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