quinta-feira, 30 de outubro de 2014

A MUCUNA E A DOENÇA DE PARKINSON

por José de Oliveira Ramos
29 outubro 2014 - (...) Infelizmente, nas três últimas décadas tem sido grande a preocupação e maiores ainda as dificuldades para debelar ou até minimizar duas doenças que afligem os brasileiros: doença de Parkinson e Alzheimer. A cura, acredita-se, está distante de ser alcançada. (...)

Sementes da mucuna
mucuna – Algum dia, quem já foi obrigado a se alimentar apenas com a “babinha” do tucum – um pequeno coco existente em grande quantidade nas regiões o Norte/Nordeste -, sabe das dificuldades que encontra quem já viveu na roça na época da seca. Na seca, cobra verde e camaleão (iguana) mudam de cor. Tudo fica muito difícil. (...)

E – descendentes da união de negros com índios – aprendemos a conviver com algumas das regras que a natureza nos impôs. É gratificante quando alguém descobre a direção do vento e, melhor ainda, quando aprende para onde ele vai. E foi na seca, na necessidade total, que aprendemos a descobrir água. Conhecemos o cipó da mucuna. Dentro daquele cipó, feio, retorcido, está o líquido da vida. Com certeza, alguém que não conhecemos nem alcançamos colocou água ali dentro, da mesma forma e usando o mesmo manancial que enche o coco.

Mucuna é um gênero botânico pertencente à família Fabaceae. Planta indicada no tratamento da doença de Parkinson, da impotência sexual e como anabólico. Ajudando na perda de peso.

Cipó da mucuna
Propriedades medicinais da Mucuna pruriens – Planta proveniente da Índia, reconhecida pelas suas propriedades afrodisíacas, estimula também a deposição de proteínas nos músculos e aumenta a força e a massa muscular. Aumenta os níveis de L-dopa, um inibidor da somatostatina. O seu extrato é também conhecido por estimular o estado de alerta e melhorar a coordenação.

Indicações/benefícios – Doença de Parkinson (contém L-dopa natural). Impotência e disfunção erétil. Como afrodisíaco e para aumentar a testosterona. Como anabólico e androgênio, fortalecendo os músculos e ajudando a estimular o hormônio do crescimento. Ajudando na perda de peso.

A ayurveda é sem dúvida o sistema mais antigo de medicina no mundo – e a única medicina tradicional para estar baseada em princípios científicos. O uso da erva M. pruriens na medicina ayurvédica vem de épocas de mais de 4.500 anos atrás. M. pruriens tem um perfil bioquímico fascinante, contendo uma grande quantidade de ingredientes ativos, como nicotina, serotonina e L-dopa (ou dihidroxifenilalanina) – o precursor principal do neurotransmissor dopamina, isolado por cientistas índios em 1936.

Quando a dopamina produzida pelos neurônios é afetada pela doença de Parkinson, resulta em tremores incontroláveis, rigidez dos músculos, dificuldades para falar, escrever e se equilibrar e lentidão de movimentos. A deficiência subclínica de dopamina é responsável pelo sentimento de depressão e falta de desejo sexual. A dopamina é considerada o neurotransmissor “feelgood”, produzido pelo cérebro quando se quer “estar contente” ou dar ao corpo uma “recompensa”. É também um intermediário na produção de norepineprina (ou noradrenalina, o neurotransmissor que nos desperta do sono) e é efetivo a estimular a produção do hormônio de crescimento (HgH).

Em um estudo comparativo com anidoença na doença de Parkinson, na qual quantidades iguais de princípio ativo eram usadas, o extrato de Mucuna pruriens mostrou ser duas a três vezes mais efetivo que o L-dopa sintético. Isso sugere que seja o perfil bioquímico da erva como um todo, e não só o princípio ativo, que é responsável por aumentar sua efetividade significativamente tratando sintomas da doença. Estudos humanos também mostraram benefícios neurológicos importantes para M. pruriens, ao contrário do L-dopa sintético – tolerância excelente e quase nenhum efeito colateral.

É provável que quando se toma um extrato da erva juntamente com tribulus terrestris aumenta-se a quantidade de L-dopa que alcança o cérebro. Tribulus contém um inibidor moderado de monoamina oxidase, uma enzima degradante da dopamina. Este modo natural de melhorar os efeitos de M. pruriens foi reconhecido por médicos ayurvédicos durante mais de 1.000 anos.

O extrato padronizado de Mucuna pruriens estimula a secreção de hormônio do crescimento (HgH) pela glândula pituitária. O hormônio do crescimento é indubitavelmente o hormônio antienvelhecimento mais poderoso: encoraja a massa muscular e desencoraja a gordura de corpo, melhora a força e nivela a energia, aumenta o senso de bem-estar e tem uma influência positiva em muitos outros aspectos de saúde. M. pruriens também é usado na medicina ayurvédica para restabelecer a libido (junto com tribulus terrestris); aumentar os níveis de testosterona (como mostrado em um estudo controlado) e dopamina; em casos de esterilidade masculina e feminina (aumentando a contagem de esperma e encorajando a ovulação); melhorar a agilidade mental, a coordenação motora e tratar condições de apatia.

Estudos farmacológicos mostraram sua utilidade como estimulante de SNC, anti-hipertensivo, estimulante sexual e mais.

Efeitos colaterais: doses elevadas de Mucuna pruriens podem causar superestimulação, aumento da temperatura corpórea e insônia.

Contraindicações: a semente pode causar problemas de nascimento e estimular a atividade uterina.

Deve ser evitado por mulheres durante a gravidez.

Mucuna pruriens mostrou ter a habilidade de reduzir o açúcar do sangue. Aqueles com hipoglicemia ou diabetes devem usar somente sob supervisão médica. Mucuna pruriens possui atividade androgênica, aumentando os níveis de testosterona; pessoas com síndromes andrógenas excessivas devem evitar o uso. Mucuna pruriens inibe a prolactina.

Caso você tenha uma condição médica resultando em níveis inadequados de prolactina no corpo, não use a menos que sob supervisão médica. A semente contém alta quantidade de L-dopa. Levodopa é o medicamento usado para tratar doença de Parkinson.

Pessoas com doença de Parkinson devem apenas usar sob supervisão médica ou de um terapeuta. Dose recomendada: 400 mg uma vez ao dia ou em doses divididas, duas vezes ao dia, ou conforme recomendação médica. Cada 400 mg deve conter em média 15% de L-dopa padronizado. Fonte: Renata Dias (texto adaptado)

ATENÇÃO – Não temos nenhuma pretensão de induzir alguém a recorrer ao uso da “mucuna” para fins terapêuticos. Somos apenas um Jornalista que, depois de pesquisar, resolveu produzir uma matéria e sugerir alguma alternativa para minimizar a devastadora atuação da doença de Parkinson no corpo humano.

A primeira alternativa de quem se interessar pelo assunto, é recorrer a um médico, especialista da área, capaz de descobrir o “doença”, e orientar o paciente no tratamento. Mas, a mucuna não deixa de ser “mais uma” alternativa. Fonte: Jornal da Besta Fubana.

A primeira vez que abordamos o tema Mucuna Pruriens (agora também chamada de feijão-da-flórida ???) neste blog foi em dez/2002. À época só era obtível nos EUA. Hoje já esta disponível no Brasil, sendo possível comprar na internet (encapsuladas azul e branco). Fiz isso e tomei por 3 meses. Penso que ajuda um pouco na redução dos sintomas. Soma daqui, soma dali, pode ser que funcione com você. Cada caso é um caso. Teoricamente não tem efeitos colaterais e eu não senti nenhum negativo.

5 comentários:

  1. Bom dia.Minha mae tem parkinson.Ela usa prolopa.Li sobre extrato de mucuna o extrato de mucuna e extrato de mucuna gostaria de saber se ela pode tomar os dois medicamentos ou se um inibe o outro.obrigada

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  2. Um não inibe o outro, mas cuidado que podem se somarem os efeitos.

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  3. Fui diagnosticado com parkinson, tenho 64 anos estou começando a tomar prolopa. Psso tomar juntamente com mucuna?

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    1. Vide acima, observe não se somarem os efeitos, o que poderá causar discinesias.

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  4. Eu tomo delepmina poso tomarmucuna puriens

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